Publicado em 03/09/2025 às 21h20.

Julgamento de Bolsonaro no STF: defesas apresentam argumentos no segundo dia de sessão

Análise do processo foi interrompida na tarde desta quarta-feira; retorno está marcado para a próxima terça-feira

Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) interrompeu, na tarde desta quarta-feira (3), a análise do processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de participação na trama golpista. O julgamento, conduzido pela Primeira Turma, será retomado na próxima terça-feira (9), quando terão início os votos dos ministros.

Estão previstas oito sessões para tratar do caso, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. A fase atual ainda é dedicada às sustentações orais das defesas, enquanto a votação que definirá condenações ou absolvições deve ocorrer apenas nas próximas reuniões. As penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Na sessão desta quarta, quatro advogados apresentaram suas teses em favor dos réus. A defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sustentou que o militar teria se afastado de Bolsonaro e, por isso, nunca teria tratado com ele sobre qualquer tentativa de golpe.

Já os advogados do ex-presidente alegaram que “não há uma única prova” contra Bolsonaro. Segundo o criminalista Celso Vilardi, o ex-mandatário teria sido “dragado” para a investigação e não teria atentado contra o Estado Democrático de Direito.

A defesa do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira buscou mostrar que o general tentou dissuadir Bolsonaro de avançar em ideias golpistas. “Está mais do que provado que o general Paulo Sérgio é inocente”, afirmou o advogado Andrew Fernandes.

Por último, o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, teve sua defesa feita pelo advogado José Luis Mendes de Oliveira Lima. Ele contestou a validade da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e disse que seu cliente corre o risco de ser condenado “a morrer na cadeia” com base em uma colaboração premiada que classificou como mentirosa.

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