Kiki rebate indireta de Jerônimo a Bruno Reis: ‘Tenta esconder sua péssima gestão’
Sem citar nomes, governador afirmou que a prefeitura é boa em fazer festa, mas esquece das creches e maternidades

O líder do governo na Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereador Kiki Bispo (União Brasil), rebateu nesta quarta-feira (26) as indiretas do governador Jerônimo Rodrigues (PT) direcionadas ao prefeito Bruno Reis (União Brasil). Em entrevista ao bahia.ba, o edil afirmou que as declarações do petista acontecem como uma tentativa de “esconder a sua péssima gestão”.
Sem citar nomes, o governador criticou a gestão da capital baiana e disse que Salvador faz festas, mas não realiza ações estruturais. “Quem ama Salvador faz creche pras crianças, faz maternidade municipal”, afirmou Jerônimo, ao cobrar investimentos da prefeitura. Em resposta, Kiki listou carências do governo estadual e classificou como “declarações infundadas” as indiretas do petista.
“O governador tenta botar para debaixo do tapete o governo muito mal avaliado dele, né? Primeiro, falar em saúde, naturalmente você associa logo à regulação. Regulação é um problema que o governo dele conseguiu piorar. Tem muitos baianos morrendo, muito mais do que na guerra lá na Faixa de Gaza, por conta de um péssimo serviço prestado pela regulação na Bahia. O governador tenta, na verdade, esconder a sua péssima gestão, haja vista que ele mesmo tem sido crítico do próprio governo dele”, afirmou o vereador, que continuou.
“Não foram poucas as vezes que ele disse que estava insatisfeito com o Ferry-Boat, que estava insatisfeito com a demora dos trens dos Subúrbio, que já fizeram quatro anos sem sair do papel, com a demora da estação rodoviária de Águas Claras, que já se tornou uma novela. E de tantas outras coisas que ele consegue criar uma marca de não entrega, de não realização”, acrescentou.
Para o líder do governo na CMS, o governador deveria “deixar de lado a política e esquecer o prefeito Bruno Reis”. “Fica aqui o meu conselho para que ele possa de fato correr contra o tempo. Já se passaram mais de dois anos do governo dele e ele não disse para que veio”, disse Kiki ao bahia.ba.
Aliados de ACM Neto se juntam à base de Jerônimo
Questionado sobre a lista de prefeitos que deixaram o grupo político de ACM Neto (União Brasil) e acenaram apoio ao governo do Estado, o vereador disse enxergar de forma “natural”.
“São relações institucionais. As prefeituras dependem demais do recurso do governo estadual, do recurso do governo federal, e os prefeitos têm sim que deixar de lado as questões políticas e buscar as melhorias para os seus municípios. Isso não quer dizer adesão política, não quer dizer que o ano que vem esses prefeitos que estão conversando e os que já estão com ele há muito tempo permaneçam com o grupo do PT que está aí há mais de 18 anos”, declarou.
“A política é muito dinâmica, nós estamos em um ano extremamente voltado para a gestão. Eu entendo que os prefeitos do interior também estão pensando dessa forma. Eu entendo ser natural qualquer espécie de aproximação com o governo do Estado. Eleição é eleição e gestão é gestão. Com certeza isso aí vai ficar muito bem claro no ano que vem. E aí os gestores vão poder optar, com toda autonomia, com toda democracia, escolher aquilo que é melhor para a Bahia”, complementou.
Sobre o último levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, em que ACM Neto desponta na liderança, Kiki Bispo ressaltou que a alta rejeição de Jerônimo se deve ao “sentimento de mudança” da população baiana.
“As pesquisas já estão apontando o melhor para a Bahia. Claro que pesquisa é retrato de momento, mas eu entendo que mostra a fadiga desse governo. Já se vão 20 anos e o povo está clamando por mudança”, concluiu.
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