Publicado em 07/02/2025 às 14h38.

Leur Lomanto Jr critica valor pago pela União à ViaBahia: ‘escandaloso’

Empresa deve receber mais de R$ 700 mi após encerramento de contrato de concessão de vias federais e estaduais

Otávio Queiroz
Foto: Ascom/Portal da Câmara dos Deputados

 

O deputado federal Leur Lomanto Jr (União Brasil), questionou, nesta sexta-feira (7), o valor que deverá ser pago pela União à ViaBahia, após o encerramento do contrato de concessão das BRs 324 e 116. O acordo prevê uma indenização de R$ 681 milhões pelos ativos não amortizados e mais R$ 80 milhões pela desistência de todas as disputas, incluindo processos administrativos e judiciais relacionados à concessão. 

 “É um absurdo que, mesmo após 15 anos de maus serviços prestados pela ViaBahia, causando imensos prejuízos à população, a concessionária ainda receba essa indenização escandalosa. A empresa negligenciou suas obrigações contratuais, deixou de realizar as obras necessárias nas rodovias e, ainda assim, é recompensada dessa forma”, criticou.

De acordo com o deputado, a finalização do contrato era um apelo feito há muito tempo pela população, devido aos diversos problemas relatados em relação à infraestrutura de vias federais e estaduais administradas pela empresa. No ano passado, Lomanto Jr chegou a propor a criação de uma CPI na Câmara dos Deputados para investigar as irregularidades da ViaBahia.

Mais críticas

Quem também criticou o pagamento foi o deputado estadual Alan Sanches (União Brasil). Na quinta-feira (6), em entrevista ao bahia.ba, ele afirmou que “até na hora de ir embora, a ViaBahia deixa um rastro de prejuízo”.

Ele também criticou o Partido dos Trabalhadores pelo acordo que, ao seu ver, aconteceu de maneira equivocada. “Essa é mais uma prova do desastre dos governos do PT. Logo mais, a Bahia também vai ficar livre dessa panelinha que quer se perpetuar no poder”.

Fim da concessão

O fim da administração das rodovias BR-116, BR-324, BA-526 e BA-528 foi anunciada na última quarta-feira (5), após a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU). A decisão foi comemorada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e pelo ministro Rui Costa (Casa Civil).

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