Publicado em 11/09/2023 às 10h23.

Lídice lamenta perda de ministério, mas diz que apoio do PSB a Lula não visa cargos

Deputada federal, no entanto, rechaça aproximação do governo com o Republicanos, sigla aliada ao ex-presidente Bolsonaro

Alexandre Santos / Jamile Amine
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) lamentou nesta segunda-feira (11) a perda de espaço de seu partido no primeiro escalão do governo Lula (12). Na  reforma ministerial anunciada pelo presidente, Márcio França, correligionário da parlamentar baiana, deixou a pasta de Portos e Aeroportos, cedida ao Republicanos, para chefiar o novo Ministério das Micro e Pequenas Empresas.

“Na minha opinião, eu compreendo que o governo precisa fazer esforços para obter os votos necessários para dar estabilidade ao projeto de governo. No entanto, não posso dizer que é com satisfação que nós vemos a retirada de um ministério de um partido que apoiou o presidente da República, que deu seu vice-presidente [Geraldo Alckmin] para ceder espaço para alguém que não só não apoiou, como também é do partido do governador de São Paulo [Tarcísio de Freitas], que se coloca como um dos possíveis candidatos na disputa com o próprio presidente da República”, declarou Lídice ao bahia.ba, durante agenda ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT) no bairro de Cajazeiras.

A deputada afirma, porém, que o PSB apoiará Lula independentemente da ocupação de cargos na Esplanada. “Com cargo ou sem cargo, nós continuaríamos apoiando, porque temos compromisso com a democracia. Afastar do Brasil as possibilidades de vitória de uma força de extrema direita, que jogou o Brasil num confronto no fracasso político. A reconstrução não é fácil, mas é preciso ter critérios”, afirmou Lídice.

Além de atrair o ex-ministro de Bolsonaro e potencial rival de Lula em 2026, o Planalto repassou ao deputado André Fufuca (PP-MA) o comando do Ministério do Esporte, no lugar da ex-atleta Ana Moser —o que representa a entrada do PP no primeiro escalão do governo.

“Essa é a demonstração de quanto o sistema político eleitoral brasileiro é esquisito, é bizarro e destoado da realidade”, acrescentou Lídice.

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