Lula anuncia reforma ministerial gradual em três fases; 1ª será no Planalto e antes do Carnaval
O presidente planeja ajustes estratégicos em secretarias e ministérios para atender pressões políticas e preparar o terreno para uma reestruturação mais ampla até 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem informado ministros e assessores que pretende implementar uma reforma ministerial de maneira gradual. A primeira fase concentrará esforços nos gabinetes do Palácio do Planalto, com previsão de conclusão até o Carnaval, no início de março.
Lula já iniciou alterações em seu entorno, como a substituição de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). Além disso, a troca do ministro Márcio Macêdo pela deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Secretaria-Geral do Planalto também já é considerada certa.
No caso da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política entre o Executivo e o Congresso Nacional, partidos do Centrão têm reivindicado a pasta. Se Lula optar por atender a essa demanda, o atual ministro Alexandre Padilha deverá ser transferido para o Ministério da Saúde, substituindo Nísia Trindade. O presidente tem pressionado Nísia para ampliar a oferta de especialidades médicas, com o objetivo de reduzir as filas de espera no Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta de Lula é implantar um modelo que utilize a rede privada para atender à demanda do setor público, embora essa ideia ainda não tenha avançado.
No Ministério da Saúde, além de Alexandre Padilha, o ex-ministro Arthur Chioro também é cogitado como uma das alternativas pelo presidente.
A segunda etapa da reforma ministerial de Lula abrangerá os ministérios atualmente ocupados por políticos do PT, mirando as pastas das Mulheres, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social. Caso a Secretaria de Relações Institucionais continue sob comando de um representante do PT, a pasta do Desenvolvimento Social, atualmente liderada por Wellington Dias, poderá ser aberta para o Centrão. Entre os nomes cotados para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, destaca-se o deputado José Guimarães (PT-CE), articulando uma movimentação para levar o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, à presidência do PT. Outra possibilidade mencionada é a de Jaques Wagner (PT-BA), o que abriria uma vaga na liderança do Senado.
Na terceira fase da reforma, Lula pretende promover mudanças em ministérios ocupados por partidos aliados, como o Ministério da Pesca, de André de Paula (PSD); o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, de Geraldo Alckmin (PSB); e o Ministério da Agricultura e Pecuária, atualmente comandado por Carlos Fávaro (PSD). A pasta da Agricultura é especialmente cobiçada pelo Centrão, com Arthur Lira (PP-AL) apontado como possível titular. No entanto, o presidente pretende intervir nessas pastas somente se os partidos envolvidos concordarem com as mudanças.
Padilha e assessores próximos a Lula defendem que a reforma ministerial seja realizada o quanto antes, considerando o período anterior ao Carnaval como o “time ideal”. Ainda assim, alguns cargos são considerados intocáveis pelo presidente e seus aliados, como o de Rui Costa, atual ministro da Casa Civil, e o de Alexandre Silveira, à frente do Ministério de Minas e Energia, ambos próximos entre si.
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