Publicado em 04/03/2024 às 16h36.

Lula assina PL que regulamenta atuação de motoristas por aplicativos

Proposta do governo aos motoristas de app prevê pagamento de R$ 32,09 por hora trabalhada, além de remuneração mínima de R$ 1.412

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

Em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Lula apresenta ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (4) um projeto de lei complementar (PLC) para regulamentar o trabalho por aplicativos de transporte, prestado por empresas como Uber e 99. O texto enquadra os motoristas como trabalhadores autônomos, ou seja, sem vínculo pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT); além disso, determina o pagamento de alíquota de 27,5% de contribuição no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Desses, 7,5% seriam pagos pelos trabalhadores, e 20%, recolhidos pelas empresas, de acordo com publicação do portal Metrópoles.

Ainda segundo a reportagem, a proposta também estabelece pagamento de R$ 32,09 por hora trabalhada e remuneração de, ao menos, um salário mínimo (R$ 1.412). Segundo a proposta do governo, o tempo de trabalho do motorista não poderá ultrapassar 12 horas por dia. O texto foi fechado em acordo com representantes das empresas que operam aplicativos de transporte de passageiros, além de sindicatos e entidades do setor. Em maio de 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) montou um grupo de trabalho para discutir o tema.

Os trabalhadores que prestam serviços por meio de motocicletas e bicicletas — como entregadores do iFood, por exemplo — ficaram fora da medida. O motivo foi a falta de consenso com as empresas, aponta o Metrópoles.

STF julga o tema

A reportagem do Metrópoles também destaca que em paralelo à proposta de regulamentação do governo, o Supremo Tribunal Federal (STF) também analisa o tema do vínculo empregatício entre empresas e motoristas. Na última semana, os ministros decidiram que o entendimento adotado pela Corte servirá de baliza em todos os processos judiciais referentes à “uberização”.

O mérito da ação, ou seja, a decisão se há ou não vínculo entre motoristas e aplicativos será analisado em julgamento posterior, complementa o Metrópoles.

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