Publicado em 12/04/2024 às 21h00.

Lula compra briga de Padilha: ‘Só de teimosia, vai ficar muito tempo nesse ministério’

A declaração ocorre um dia após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dizer que Padilha é "incompetente"

Redação
Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert

 

Alvo de críticas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), foi defendido pelo presidente Lula (PT) nesta sexta-feira (12). Segundo o gestor maior do país, Padilha tem competência e não deve deixar o cargo.

“Esse é um tipo de ministério que a gente troca a cada seis meses para que o novo faça novas promessas. Mas só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério”, afirmou durante evento de inauguração da nova sede da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em São Paulo.

A declaração ocorre um dia após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dizer que Padilha é “incompetente” e que o petista é seu “desafeto pessoal”. Os ataques aconteceram no contexto de notícias de que Lira saiu enfraquecido depois de o plenário da Câmara ter aprovado a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

Lula comparou o trabalho de Padilha ao de um casamento, argumentando que, nos primeiros seis meses, vive-se “no melhor dos mundos”, mas depois começam as cobranças, o que agora está acontecendo com o ministro.

Além de Padilha, Lula também agradeceu pelo trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que, segundo ele, “merece homenagem pela paciência” que tem em suas negociações junto com Congresso de pautas econômicas como a reforma tributária, que foi aprovada no ano passado e agora precisa ser regulamentada.

Segundo Haddad, a partir da próxima semana ele falará com Lira e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para que a matéria tenha celeridade em sua regulamentação.

Lula também agradeceu seu vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), afirmando que o “primeiro acerto da campanha foi chamar o Alckmin para vice”.

O presidente elogiou a disponibilidade de Alckmin de se aliar com um antigo rival político, e afirmou que sente “saudade” de quando a rivalidade nas eleições presidenciais do país estava em PT e PSDB. “Saudade de quando a gente era civilizado e nem sabia”, afirmou, sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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