Publicado em 07/04/2025 às 15h09.

Lula defende isenção de IR para quem recebe até R$ 5 mil: ‘justiça social’

Caso proposta avance, governo precisará cobrar mais da parcela mais rica da população para bancar isenção, detalhou

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta segunda-feira (7), a proposta que busca isentar os brasileiros que ganham até R$ 5 mil do Imposto de Renda. De acordo com o petista, a população dessa faixa de renda faz parte da “base que sustenta o país”. As declarações aconteceram durante uma cerimônia que anunciou um investimento milionário da farmacêutica Novo Nordisk, em Montes Claros (MG).

“Um país é muito fácil de ser governado se você resolver governar apenas para uma pequena parcela da sociedade. O brasil tem 213 milhões de habitantes, deve ter por volta de 35% de brasileiros com padrão de classe média, aquelas pessoas que podem viajar o mundo inteiro, pegar férias, ir para a praia, para o campo. E você tem uma grande maioria das pessoas que estão abaixo de R$ 5 mil [de salário] e sobrevivem trabalhando o dia inteiro, indo para casa e dormindo a noite vendo televisão, e nem sempre vendo as coisas de qualidade. E essas pessoas são a base que sustenta nosso país”, disse.

De acordo com o presidente, caso a proposta seja aprovada pelo Congresso, o governo precisará cobrar mais da parcela mais rica da população para bancar a isenção.

“Se você quiser governar para todos, você começa a ter problemas com aqueles que ganham mais. Nós estamos tentando livrar do pagamento de Imposto de Renda as pessoas que ganham até R$ 5 mil. E estamos diminuindo o pagamento de imposto para quem ganha entre R$ 5 e R$ 7 mil, que é por volta de 85% da população. Nós estamos fazendo com que a compensação para beneficiar esses 15 milhões de pessoas seja fazer com que 141 mil brasileiros paguem um pouco mais do que pagam”, explicou.

Por fim, Lula disse que a mudança é uma forma de ampliar a justiça social no Brasil. “Não é correto. Não é justo. Não é justificável que as pessoas mais pobres paguem a mesma quantidade de imposto que as pessoas mais ricas. O que estamos fazendo é tentar fazer um pouco de justiça social. Se a gente quiser governar para 213 milhões de pessoas, você não pode se conformar com aqueles que não tiveram oportunidade”, concluiu.

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