Publicado em 16/04/2021 às 15h06.

Lula liberado, oposição a Bolsonaro ganha fôlego. E na Bahia, turbina Jaques Wagner

Rejeição a Bolsonaro e a Lula abre espaço para uma terceira via, aposta que ACM Neto faz, já que não tem nada a ver com nenhum dos dois

Levi Vasconcelos
Fotos: Marcelo Camargo e Valter Campanato/Agência Brasil
Fotos: Marcelo Camargo e Valter Campanato/Agência Brasil

 

O PT, que governa a Bahia há 14 anos e meio (oito de Jaques Wagner + seis e meio de Rui Costa), já dava sinais de exaustão, mas ontem ganhou um gás novo, com a decisão do STF que carimba a anulação das condenações de Lula.

Lula, por ironia do destino, volta à cena turbinado exatamente por seu inimigo maior, Bolsonaro com sua governança atabalhoada, vezes tresloucada, que na pandemia caminha a galope para o fundo do poço, com os 362 mil mortos do país numa circunstância que preocupa o planeta pelo desgoverno.

E se Lula lá está livre, os petistas baianos cá batem palmas. Jaques Wagner é amigo pessoal dele e admite que fala com ele toda semana. É o maior ganhador com a situação que se configurou.

Terceira via

Óbvio que o jogo está só começando, mas agora com ingredientes de peso. Lula, que já estava quase de malas prontas para morar em Lauro de Freitas, condenado como estava, seria mais estorvo do que ajuda. Desistiu do projeto, prefere ficar em São Paulo.

A rejeição a Bolsonaro e a de Lula na qual ele surfou abre espaço para uma terceira via, aposta que ACM Neto faz, já que não tem nada a ver com nenhum dos dois.

Dizem os aliados de Neto que um novo nome haverá de surgir. Quem? Sabe-se lá. Ciro Gomes aposta, como diz o deputado Félix Mendonça Jr., que Lula e Bolsonaro, um apontando os podres do outro, abrem espaço para isso. E abre. Fica para adiante saber quem o ocupará.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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