Publicado em 11/01/2025 às 20h00.

Lula manda ministro acompanhar investigações sobre mortes em acampamento do MST

Três mortos e cinco feridos em ataque ao Assentamento Olga Benário; Polícia Federal abre inquérito para apurar o caso

Redação
Foto: Júlia Dolce/ MST

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT enviou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para acompanhar as investigações sobre o ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, ocorrido na noite da última sexta-feira (10).

Conforme informações da CNN, o Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou neste sábado (11) que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para apurar o ataque.

No ofício enviado à PF, o ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, mencionou a violação de direitos humanos. De acordo com a pasta, uma equipe da PF, composta por agentes, perito e papiloscopista, foi enviada ao local.

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, neste sábado, 10 de janeiro, que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o ataque ao assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, no interior de São Paulo”, declarou Lula em publicação no X.

Em uma postagem no mesmo aplicativo, o ministro Paulo Teixeira anunciou que estava a caminho de Tremembé: “Indo a Tremembé, a pedido do presidente Lula, para acompanhar as investigações do atentado que levou à morte três agricultores do assentamento Olga Benário. No total, oito pessoas foram atingidas”, disse o ministro.

O MST informou que o ataque resultou na morte de três pessoas e deixou outras cinco feridas. Gleison Barbosa, de 28 anos, Denis Carvalho, de 29, e Valdir Nascimento, de 52, faleceram. As demais vítimas estão internadas no Hospital Regional de Taubaté e no Pronto Socorro de Tremembé.

De acordo com o MST, 10 criminosos chegaram ao Assentamento Olga Benário em cinco carros e duas motos, atirando contra os assentados. Um homem foi preso em flagrante no local por porte ilegal de arma, conforme a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Em nota, o MST afirmou que a região enfrenta uma intensa disputa imobiliária voltada para o turismo de lazer, devido à sua localização estratégica no Vale do Paraíba. O movimento também relatou que as famílias assentadas sofrem ameaças constantes, mesmo após denúncias às autoridades.

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