Publicado em 25/09/2024 às 16h40.

Lula volta a criticar ações de Israel e a estrutura da ONU durante coletiva em Nova York

Mais cedo, o presidente brasileiro cobrou por mudanças para maior inclusão da América Latina, nesta quarta-feira (25)

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu, nesta quarta-feira (25), uma entrevista coletiva em Nova York, Estados Unidos, onde participou de reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) ao longo da semana.

Antes da fala de Lula, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, expressou preocupação com o agravamento da situação no Líbano, destacando que o Brasil tem condenado os ataques aéreos e renovado o apelo pela contenção da escalada de violência, além de pedir a “imediata interrupção” das agressões.

Lula também apresentou dados sobre os ataques no Líbano e condenou fortemente as ações do governo israelense, afirmando: “Eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel, e tenho certeza de que a maioria do povo israelense não concorda com esse genocídio.”

Ele acrescentou: “A humanidade não pode conviver e aceitar com normalidade o que está acontecendo em Israel, na Faixa de Gaza, no Líbano e na Cisjordânia ocupada.”

Mais cedo, durante um evento do G20 nas Nações Unidas, Lula criticou a “estrutura arcaica e excludente” da ONU e afirmou que a organização passa por uma “crise de confiança.”

O presidente reiterou a necessidade de uma reforma institucional na ONU e defendeu a inclusão de mais países da América Latina e da África em assentos permanentes nos comitês da organização.

“Estamos defendendo uma nova geopolítica, com a representação de todos os continentes na ONU, inclusive no Conselho de Segurança, e o fim do poder de veto”, afirmou Lula.

Ele também mencionou que o Brasil considera propor uma revisão da carta da ONU, com base no artigo 109, afirmando que, apesar das diferentes visões sobre a reforma da governança global, a urgência de uma mudança é clara.

Em sua passagem por Nova York, Lula também se reuniu com o líder da Autoridade Palestina e outros chefes de Estado para discutir questões como energia renovável e a Aliança Global Contra a Fome, uma das principais bandeiras brasileiras no G20 deste ano.

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