Publicado em 15/04/2023 às 15h30.

Maria Marighella planeja promover diversificação regional e social na Funarte

"Nossos desafios não são apenas regionais. Eles têm camadas muito mais complexas", afirmou a gestora, em entrevista

Redação
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

 

A nova presidente da Funarte, a vereadora licenciada por Salvador, Maria Marighella, escolheu a diversificação como um dos principais objetivos da sua gestão à frente do Órgão do Ministério da Cultura. “Nossos desafios não são apenas regionais. Eles têm camadas muito mais complexas”, afirmou a gestora, em entrevista à Agência Brasil. A baiana relatou que encontrou o órgão desestruturados, com dívidas que estão sendo pagas com o orçamento de R$ 160 milhões deste ano e também indicou a arte indígena e atividades para o público infantil como propostas para a sua atuação.

“O Brasil é um país muito desigual, com oportunidades muito desiguais. E você não consegue promover igualdade, equidade e justiça social sem política pública. Mas eu falaria não só em relação às regiões. Eu falaria também numa desigualdade entre territórios, entre o que é centro e o que é periferia. A gente está falando de desigualdades de gênero, de desigualdades raciais”, explanou Maria Marighella. “É preciso olhar a nacionalização não só na sua dimensão regional, mas também na dimensão redistributiva. A gente tem uma superconcentração no Sudeste, por exemplo. Mas a gente não está falando de todo o Sudeste. Está falando de dois estados, de duas capitais, dos centros dessas capitais.”

Outro objetivo da nova presidente é reconectar a fundação que dirigente com a sociedade brasileira. “A gente vai recuperar a memória das artes e os acervos, mas eu tenho falado muito também de recuperar a memória institucional da Funarte. Para relembrar ao Brasil que as artes brasileiras passam de algum modo por essa instituição.” Para Maria Marighella, tornar a Funarte e sua importância mais conhecidas vai permitir “que o resto do Brasil reivindique também essa instituição. Porque você só reivindica aquilo que conhece”.

Maria Marighella pretende também fazer de imediato a instituição movimentar a cultura. “Veja a Escola Nacional de Circo. É uma riqueza. Imagina que hoje a escola tem 53 alunos vindo de toda a parte do Brasil e mesmo alunos estrangeiros. É uma referência na América Latina. Hoje, cada aluno para estudar na escola recebe uma bolsa de R$ 2,5 mil. Então, a Funarte tem equipamentos e mecanismos vigentes. Temos um processo desde 2015 sobre a patrimonialização do circo familiar, tradicional, itinerante, através de pequenas bolsas de R$ 20 mil. ”

 

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