Publicado em 27/05/2025 às 15h23.

Marina Silva reage a fala de senador: ‘Meu lugar é onde todas as mulheres devem estar’

Ministra do Meio Ambiente deixou comissão no Senado após ser desrespeitada durante debate sobre o Amapá

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (27) que seu lugar “é onde todas as mulheres devem estar”, após se retirar da Comissão de Infraestrutura do Senado por se sentir desrespeitada. Marina participava da audiência para discutir unidades de conservação no estado do Amapá.

Ao falar com jornalistas, a ministra rebateu a tentativa de silenciamento feita por um dos senadores. “O que não pode é alguém achar que, porque você é mulher, porque é preta, porque vem de uma trajetória de vida humilde, pode dizer quem eu sou e que eu devo ficar no meu lugar. O meu lugar é onde todas as mulheres devem estar”, declarou.

Marina também afirmou que não aceitaria ataques à atuação do Ministério do Meio Ambiente nem comentários que tentassem colocá-la em posição de subordinação. “Não posso aceitar que se façam digressões desrespeitosas sobre o trabalho do ministério, da minha equipe, que atua de forma técnica, ética, e muito menos que venham me dizer que eu tenho que me colocar no meu lugar”, reforçou.

A ministra destacou ainda que seu papel é na defesa do desenvolvimento sustentável, dentro dos limites legais e ambientais. “Meu lugar é na defesa da democracia, do meio ambiente, do combate à desigualdade, da proteção da biodiversidade e de projetos de infraestrutura que sejam necessários, mas que respeitem os regulamentos para não destruirmos nosso meio ambiente, as bases do nosso desenvolvimento”, completou.

A tensão começou quando o presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Marcos Rogério (PL-RO), afirmou que Marina deveria “se colocar no seu lugar”. A declaração aconteceu durante discussão acalorada entre a ministra e o senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre as obras da BR-319, que liga Amazonas e Rondônia.

“Ministra, depois faça uma reunião lá da equipe do governo e faça esse debate. Vamos seguir o debate da reunião”, disse Marcos Rogério.

Marina respondeu: “Fique tranquilo, é um governo de frente ampla, para enfrentar a ditadura com a qual o senhor não se importou”, apontando o dedo para o senador.

Rogério então rebateu: “Essa é a educação da ministra Marina Silva. Ela aponta o dedo. Não vou me intimidar”. E ouviu da ministra: “O senhor gostaria é que eu fosse uma mulher submissa. Eu não sou”.

O senador respondeu com: “Agora sexismo, ministra? Me respeite”. Marina rebateu: “Eu estou lhe respeitando. O senhor é que precisa me tratar com educação”. A discussão foi encerrada com o senador dizendo: “Me respeite, se ponha no seu lugar”.

A declaração foi classificada por diversos parlamentares e por movimentos sociais como machista e desrespeitosa.

Ministra do Meio Ambiente deixou comissão no Senado após ser desrespeitada durante debate sobre o Amapá

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (27) que seu lugar “é onde todas as mulheres devem estar”, após se retirar da Comissão de Infraestrutura do Senado por se sentir desrespeitada. Marina participava da audiência para discutir unidades de conservação no estado do Amapá.

Ao falar com jornalistas, a ministra rebateu a tentativa de silenciamento feita por um dos senadores. “O que não pode é alguém achar que, porque você é mulher, porque é preta, porque vem de uma trajetória de vida humilde, pode dizer quem eu sou e que eu devo ficar no meu lugar. O meu lugar é onde todas as mulheres devem estar”, declarou.

Marina também afirmou que não aceitaria ataques à atuação do Ministério do Meio Ambiente nem comentários que tentassem colocá-la em posição de subordinação. “Não posso aceitar que se façam digressões desrespeitosas sobre o trabalho do ministério, da minha equipe, que atua de forma técnica, ética, e muito menos que venham me dizer que eu tenho que me colocar no meu lugar”, reforçou.

A ministra destacou ainda que seu papel é na defesa do desenvolvimento sustentável, dentro dos limites legais e ambientais. “Meu lugar é na defesa da democracia, do meio ambiente, do combate à desigualdade, da proteção da biodiversidade e de projetos de infraestrutura que sejam necessários, mas que respeitem os regulamentos para não destruirmos nosso meio ambiente, as bases do nosso desenvolvimento”, completou.

A tensão começou quando o presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Marcos Rogério (PL-RO), afirmou que Marina deveria “se colocar no seu lugar”. A declaração aconteceu durante discussão acalorada entre a ministra e o senador Omar Aziz (PSD-AM) sobre as obras da BR-319, que liga Amazonas e Rondônia.

“Ministra, depois faça uma reunião lá da equipe do governo e faça esse debate. Vamos seguir o debate da reunião”, disse Marcos Rogério.

Marina respondeu: “Fique tranquilo, é um governo de frente ampla, para enfrentar a ditadura com a qual o senhor não se importou”, apontando o dedo para o senador.

Rogério então rebateu: “Essa é a educação da ministra Marina Silva. Ela aponta o dedo. Não vou me intimidar”. E ouviu da ministra: “O senhor gostaria é que eu fosse uma mulher submissa. Eu não sou”.

O senador respondeu com: “Agora sexismo, ministra? Me respeite”. Marina rebateu: “Eu estou lhe respeitando. O senhor é que precisa me tratar com educação”. A discussão foi encerrada com o senador dizendo: “Me respeite, se ponha no seu lugar”.

A declaração foi classificada por diversos parlamentares e por movimentos sociais como machista e desrespeitosa.

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