Publicado em 26/01/2025 às 14h20.

Mauro Cid afirma que Michelle Bolsonaro e filho faziam parte da ala mais favorável ao golpe

A documentação traz à tona os nomes da ala radical do ex-chefe do Executivo; confira a lista

Redação
Foto: Redes Sociais

 

A delação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, revela que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faziam parte do grupo mais inclinado a apoiar um golpe entre os conselheiros

De acordo com o colunista Elio Gaspari, do jornal O Globo, a documentação traz à tona os nomes da ala radical do ex-chefe do Executivo. São eles:

Onyx Lorenzoni, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência;
Jorge Seiff, senador;
Gilson Machado, ex-ministro do Turismo;
Magno Malta, senador;
General Mario Fernandes, ex-secretário executivo do general Luiz Eduardo Ramos.

À PF, Cid afirmou que Bolsonaro recebia conselhos de três grupos distintos: um mais extremista — do qual Michelle e Eduardo faziam parte —, outro formado por políticos conservadores e um terceiro, classificado como “moderado”.

Já grupo “moderado”, era composto por generais da ativa que se opunham à tentativa de golpe. Entre eles estavam:

General Freire Gomes, então comandante do Exército;
General Arruda, chefe do Departamento de Engenharia e Construção;
General Teófilo, chefe do Comando de Operações Terrestres;
General Paulo Sérgio, então ministro da Defesa.
Ainda segundo a delação, esse grupo temia que Bolsonaro cedesse à pressão da ala mais radical e assinasse “uma doideira”. O acordo de colaboração premiada de Cid foi firmado com a Polícia Federal e homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 9 de setembro.

Mauro Cid apontou Bolsonaro como mandante dos crimes sob investigação nesta frente de apuração, incluindo peculato (desvio de bens públicos) e lavagem de dinheiro.

Ao todo, a delação premiada cita nove das 40 pessoas que posteriormente foram indiciadas pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento na tentativa de golpe de Estado após a vitória de Lula (PT).

Ele também mencionou 20 nomes ligados à articulação golpista, embora nem todos tenham sido indiciados mais de um ano depois pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

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