Publicado em 19/02/2025 às 12h32.

Mauro Cid aponta Michelle Bolsonaro como instigadora de golpe em delação

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirma que a ex-primeira-dama e um grupo de conselheiros radicais tentaram convencer o ex-presidente a agir contra a democracia

Redação
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Em delação premiada, com o sigilo suspenso por Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (19), o tenente-coronel Mauro Cid acusa a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro de atuar como instigadora de um golpe de Estado. Em quase 500 páginas de informações repassadas à Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirma que Michelle, juntamente com um grupo de conselheiros radicais, tentou convencer o então presidente de forma ostensiva.

Cid afirmou que, entre os integrantes dessa ala mais radical, estavam Onyx Lorenzoni, Jorge Seiff, Gilson Machado, Magno Malta, Eduardo Bolsonaro, o general Mario Fernandes — secretário-executivo do general Ramos —, além da própria Michelle Bolsonaro.

“O general Mario Fernandes atuava de maneira ostensiva, tentando convencer os demais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também fazia parte desse grupo. Essas pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, incitando-o a dar um golpe de Estado, alegando que ele contava com o apoio do povo e dos CACs para tal ação”, declara Cid em colaboração premiada.

Em novembro de 2023, quando trechos da delação de Cid foram divulgados por portais de notícias, o advogado de Bolsonaro e Michelle, Paulo Cunha Bueno, já havia comentado as acusações. O defensor classificou-as como “absurdas e sem qualquer base na verdade ou em elementos de prova”. Segundo Bueno, o ex-presidente e seus familiares “jamais estiveram conectados a movimentos que visassem a ruptura institucional do país”.

O deputado Eduardo também negou envolvimento, afirmando: “Associar meu nome a essa narrativa não passa de fantasia, um devaneio.”

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