Publicado em 21/11/2024 às 15h51.

Mauro Cid vai implicar Braga Netto em audiência no STF, diz defesa

“Cid vai confirmar hoje a participação de Braga Neto”, disse o advogado Cezar Bittencourt

Redação
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

 

A defesa de Mauro Cid disse ao blog da jornalista Camila Bomfim, do portal G1, que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro vai implicar o general Braga Netto na audiência de custódia prevista para quinta-feira (21).

Após a Polícia Federal apontar omissões e contradições no depoimento de Mauro Cid, o tenente-coronel será ouvido na tarde desta quinta no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Cid vai confirmar hoje a participação de Braga Neto”, disse o advogado Cezar Bittencourt à publicação.

Ainda de acordo com a publicação, o advogado não detalhou o teor, já que tudo corre em sigilo, e nem sinalizou se a informação que ele vai trazer liga Braga Netto a tentativa de golpe ou também ao plano de assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Segundo as investigações, o plano para executar Lula e Alckmin após eles vencerem Jair Bolsonaro (PL) na eleição 2022 foi discutido na residência do general Braga Netto em 12 de novembro daquele ano.

O encontro foi confirmado pelo tenente-coronel Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro que se tornou colaborador da Justiça, e corroborado por materiais apreendidos com o general de brigada Mario Fernandes, preso nesta terça-feira (19).

Braga Netto estava presente no encontro, segundo a PF. Também estavam lá Mauro Cid e os majores Hélio Ferreira Lima e Rafael de Oliveira – esses dois também foram presos nesta terça, suspeitos de, junto com Fernandes, elaborarem o plano para matar Alckmin e Lula. As execuções ocorreriam em 15 de dezembro.

Investigação da PF aponta que os golpistas previam colocar os generais Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), como comandantes deste grupo de crise.

A defesa de Mauro Cid , desde a delação, tem dado versões e recuado de informações sobre o teor da delação ou o conteúdo de depoimentos em inquéritos nos quais o militar é investigado.

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