Ministério da Igualdade Racial e associação lançam campanha nacional contra racismo

Nesta sexta-feira (17), o Ministério da Igualdade Racial e a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para desenvolver, em parceria, uma campanha nacional de combate ao racismo e à intolerância religiosa. A assinatura aconteceu no galpão da Ação da Cidadania, no bairro Santo Cristo, no Rio de Janeiro (RJ).

O evento contou com a presença da ministra Anielle Franco, do diretor-executivo da Amobitec, André Porto, e de representantes das empresas associadas, que reafirmaram o compromisso com ações voltadas à promoção da igualdade e inclusão no setor de mobilidade.

A iniciativa prevê a criação e disseminação de mensagens voltadas a motoristas, entregadores parceiros e usuários de aplicativos de transporte individual e entrega de mercadorias.

A ministra Anielle Franco destacou a abrangência e a relevância estratégica das ações do Ministério.

“Nosso trabalho é muito transversal. Pensar nos trabalhadores, nos usuários, nos aplicativos e em cada espaço onde pudermos atuar para combater o racismo no Brasil, é isso que faremos”, afirmou a ministra.

André Porto, diretor-executivo da Amobitec, enfatizou o impacto das campanhas educativas que serão realizadas.

“Hoje, milhões de pessoas utilizam os aplicativos, com milhões de motoristas e entregadores cadastrados. Um estudo recente do Sebrap [Serviço Brasileiro de Aprendizagem Profissional], encomendado pela Amobitec, revelou que cerca de 70% desses profissionais são pretos, negros ou pardos. Oferecer informações e indicar caminhos para que possam buscar ajuda em casos de racismo ou intolerância religiosa é essencial”, disse Porto.

A Amobitec reúne empresas líderes em soluções tecnológicas para transporte de pessoas e mercadorias, incluindo plataformas como Amazon, iFood, Uber, Buser, Zé Delivery e 99.

A ministra também reforçou o papel do Ministério na construção de uma sociedade mais consciente e inclusiva.

“Só vamos nos dar por satisfeitos quando pudermos dizer que o racismo é uma exceção, e não uma regra. Para isso, é fundamental educar, estar presente e dar visibilidade a essas questões. E é assim que iremos trabalhar”, concluiu.