Publicado em 28/11/2024 às 14h18.

Nunes Marques cita o sambista Jorge Aragão e causa polêmica sobre voto apurável

O magistrado participou de um debate sobre a possibilidade de se implantar no Brasil a contagem pública de votos

Redação
Foto: Fellipe Sampaio/ STF

 

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Kássio Nunes Marques, causou alvoroço nas redes sociais e, principalmente, em grupos de direita no WhatsApp, ao afirmar que o TSE ((Tribunal Superior Eleitoral) vai colaborar com o Congresso Nacional na “tomada de decisão” sobre a discussão a respeito do “voto apurável” e fez a citação de uma música do sambista Jorge Aragão. Vice-presidente do TSE, o magistrado participou de um debate sobre a possibilidade de se implantar no Brasil a contagem pública de votos. Kássio representou a presidente do TSE, Cármen Lúcia.

No entendimento, o povo é que teria que decidir se quer a contagem pública dos votos. “O TSE, através da sua presidente, ministra Carmen Lúcia, colaborará com o envio de dados e informações que possam auxiliá-los nos debates e as tomadas de decisões. Esse debate está no foro correto, a casa do povo. Concluo minha fala lembrando uma passagem de uma música de Jorge Aragão chamada ´Coisa de Pele´, que vaticinou: é o povo quem produz o show e assina a direção”, declarou o ministro.

Nunes Marques participou de uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, onde debateu sobre o tema “Voto apurável e conhecível por todos (PL 1169/15)”, e contou com a presença de parlamentares, técnicos em Segurança de Dados e autoridades jurídicas.

Em sua fala, o ministro disse ainda que tinha a certeza de que os partidos políticos e as demais instituições que compõem o sistema político eleitoral auxiliarão, neste debate sobre a contagem pública de votos, atuarão para o fortalecimento do nosso Estado Democrático de Direito. “No tocante ao debate acerca da implantação da contagem física dos votos, ou a impressão de registros individuais dos votos lançados eletronicamente, entendo que esse debate cabe ao Congresso Nacional, não devendo o órgão de cúpula da Justiça Federal emitir opinião acerca do tema”, afirmou Nunes Marques.

A audiência foi composta por maioria de parlamentares da oposição e de partidos de direita. Além disso, manifestantes de diversos estados apresentaram cartazes onde se lia: “Democracia só com contagem pública dos votos”.

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