Publicado em 02/10/2024 às 11h31.

Ministros ambientais do G20 se reúnem para debater crise climática e queimadas nesta quinta (3)

Reunião ocorre no Rio de Janeiro e conta com a presença da ministra Marina Silva

Redação
Foto: Jader Souza/AL Roraima

 

A reunião ministerial do grupo de Sustentabilidade Ambiente e Climática do G20 ocorre nesta quinta-feira (3), na cidade do Rio de Janeiro, em meio à crise das queimadas, que se espalharam pelo país atingindo patamares altíssimos. Autoridades ligadas ao meio ambiente se encontrarão no Museu do Amanhã para elaborar um documento com diretrizes a serem encaminhadas aos chefes de Estado e de governo, na Cúpula da Presidência, em novembro.

Segundo matéria do Folha de São Paulo, de janeiro a setembro, foram registrados mais de 210 mil focos de incêndio em todo o território nacional, quase o dobro do detectado no mesmo período de 2023 (111 mil focos). A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, está na capital fluminense e discursa na abertura da reunião. Silva já vem participando de outros eventos na cidade ao longo da semana.

Além da ministra do Meio Ambiente, outros ministros e vice-ministros da pasta ambiental de 17 outros países, membros do bloco e de nações convidadas e representantes de três organizações internacionais vinculadas à Organização das Nações Unidas (ONU) também estão confirmados no evento. A reunião ministerial é precedida por discussões de um corpo técnico do G20, que vem trabalhando no texto do documento final ao longo do ano.

Este grupo de trabalho opera em quatro eixos temáticos, definidos como prioritários pela presidência brasileira do bloco: adaptação a eventos climáticos extremos; pagamento por serviços ambientais; oceanos; e resíduos e economia circular. Na pauta da adaptação climática, as discussões giram em torno, principalmente, da necessidade de aumento no financiamento direcionado a nações mais vulneráveis, segundo um dos integrantes do grupo de trabalho.

O quadro brasileiro atual, com recordes de queimadas e após enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul, tem sido usado pelo país para destacar a urgência de medidas para diminuir esses impactos, não apenas no G20, mas também em outros fóruns globais que tratam deste assunto. Além de urgentes, medidas como adequar a infraestrutura às mudanças do clima são caras.

Fenômenos climáticos extremos também impactam de forma desproporcional países em desenvolvimento —que, em geral, têm poucos recursos e emitiram bem menos gases de efeito estufa do que os países ricos. Com isso, os debates tendem a emperrar quando chega a hora de definir a soma necessária e, principalmente, quem vai pagar a conta e quem poderá receber os recursos.

O governo Lula pretende lançar até a COP30, a cúpula do clima da ONU de 2025, que ocorrerá em Belém, um fundo global para conservação de florestas. A ideia é mobilizar recursos para remunerar países emergentes por iniciativas que protejam suas florestas tropicais.

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