Publicado em 29/04/2025 às 14h22.

Moraes amplia prazo para que defesa de Collor apresente exames que comprovem seu estado de saúde

Collor alegou que não sofre de nenhuma doença, e que não faz uso de medicamentos, contrariando a versão apresentada por seus advogados

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estendeu nesta terça-feira (29) o prazo, em mais 48 horas, para que a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello, preso na quinta-feira (24), apresente a íntegra dos exames que sustentem o diagnóstico de Parkinson do político. A decisão ocorre após inconsistências entre os documentos médicos entregues e declarações do próprio Collor.

Segundo matéria do InfoMoney, a defesa do ex-presidente protocolou atestados que indicariam comorbidades como Parkinson, transtorno bipolar e apneia do sono grave, justificando o pedido de conversão da pena de Collor em prisão domiciliar humanitária.

A situação se agravou após a audiência de custódia realizada na sexta-feira (25), quando Collor declarou não sofrer de nenhuma doença, e que não faz uso de medicamentos, o que contraria a versão apresentada por seus advogados, poucas horas antes.

Preso por determinação desde sexta, Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema envolvendo a BR Distribuidora entre 2010 e 2014.

Já na sessão desta terça, o STF decidiu, por 6 votos a 4, pela manutenção do regime fechado de Collor. Votaram a favor da prisão os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Já os ministros André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques foram contrários à manutenção da prisão. Cristiano Zanin se declarou impedido, como tem feito em casos relacionados à Lava Jato.

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