Publicado em 14/08/2025 às 19h40.

Moraes pede a Zanin para agendar julgamento de Bolsonaro e réus do núcleo 1

O pedido ocorre um dia após os oito réus desse núcleo terem apresentado as alegações finais

Redação
Foto: Antônio Augusto/STF

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, solicitou nesta quinta-feira (14) ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, que agende o julgamento presencial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos demais réus do núcleo 1 da ação que investiga um suposto plano de golpe em 2022.

O pedido ocorre um dia após os oito réus desse núcleo terem apresentado as alegações finais sobre as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República e por todos os réus, SOLICITO ao Excelentíssimo Presidente da PRIMEIRA TURMA, Ministro CRISTIANO ZANIN, dias para julgamento presencial da presenta ação pena”, disse o ministro.

Compõem o núcleo 1 da ação os seguintes réus:

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, além de candidato a vice-presidente em 2022; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha durante o governo Bolsonaro; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa.

Processo inusitado

Os advogados de Bolsonaro também consideram que a ação da trama golpista é um processo “histórico e inusitado”.

“Os réus são tratados como golpistas, como culpados, muito antes de a defesa ser apresentada. Uma parte expressiva do país, a maioria da imprensa não quer um julgamento, quer apenas conhecer a quantidade de pena a ser imposta”, disse a defesa.

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