Moraes proibe Bolsonaro de falar com ao menos 177 pessoas; veja nomes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está proibido de manter qualquer tipo de contato com ao menos 177 pessoas, entre elas aliados políticos, ex-integrantes do seu governo e até embaixadores.

A restrição faz parte da decisão assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro.

Além de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, a lista inclui figuras como o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, e diversos nomes ligados à antiga cúpula militar e policial da gestão Bolsonaro.

A determinação judicial se aplica a investigados nas quatro ações penais que tramitam no STF sobre tentativa de golpe de Estado — APs 2.693, 2.688, 2.694 e 2.695 —, além da petição 12.100 e do inquérito 4.995, este último voltado à atuação de Eduardo nos Estados Unidos.

Segundo Moraes, o deputado federal licenciado estaria tentando influenciar o governo norte-americano a impor sanções ao Brasil.

Quem está na lista de restrição?

Na Ação Penal 2.668, estão os nomes de Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

A AP 2.693 envolve o delegado Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Martins (ex-assessor internacional da Presidência), o coronel Marcelo Câmara, Marília Alencar (ex-diretora da Inteligência da PF), o general Mário Fernandes e Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF).

Na AP 2.694, a lista tem Ailton Barros, Angelo Denicoli, Carlos Moretzsohn, Giancarlo Rodrigues, Guilherme Almeida, Marcelo Bormevet e Reginaldo Abreu.

A AP 2.695 tem um único citado: Antonio Clesio Ferreira, ex-candidato à Prefeitura de Ouro Preto.

O inquérito 4.995 inclui Eduardo Bolsonaro, por sua atuação internacional.

Já a petição 12.100 reúne um volume maior de nomes, como Ailton Barros, Ramagem, Garnier, Heleno, Anderson Torres, Filipe Martins, Mauro Cid, Silvinei Vasques e outros ex-militares, ex-assessores e aliados próximos.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes abrange também 132 chefes de missões diplomáticas, com sede em Brasília.