Publicado em 09/06/2025 às 15h02.

Moraes rejeita pedido de Braga Netto para sigilo em interrogatório sobre trama golpista

Defesa alega prejuízo à imagem do general, que foi candidato a vice de Bolsonaro em 2022

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (9) o pedido apresentado pela defesa do general Walter Souza Braga Netto para que fosse decretado sigilo no interrogatório do réu, acusado de integrar uma trama golpista para manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

No pedido, os advogados argumentaram que a transmissão pública da oitiva poderia prejudicar a imagem de Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.

No entanto, Moraes avaliou que não foram apresentados indícios de “efetivo prejuízo” e, por isso, não via motivo para suspender a transmissão. O ministro destacou ainda que o tema poderá ser reavaliado se a defesa apresentar justificativas concretas para restringir o acesso às audiências.

“Caso [a defesa] aponte elementos concretos que justifiquem a decretação do sigilo do interrogatório, será realizada nova análise. Diante do exposto, indefiro o pedido”, afirmou Moraes na decisão.

Primeiros depoimentos

A série de interrogatórios, conduzida pela Primeira Turma do STF, começou nesta segunda-feira com o depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no inquérito. Ao todo, oito réus devem ser ouvidos nesta fase do processo, incluindo o próprio ex-presidente.

Além do relator Alexandre de Moraes, os advogados de defesa e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também poderão questionar os réus durante os depoimentos.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.