Motta cede a pressão de bolsonaristas e admite votar PL da Anistia

Recuo do presidente da Câmara dos Deputados acontece após articulação de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), em Brasília

Redação

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), está avaliando a possibilidade de colocar em pauta a anistia dos envolvidos no dia 8 de janeiro de 2023. A hipótese passou a ser cogitada após pressão dos líderes partidários, especialmente os ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Os líderes estão cobrando, estamos avaliando, vamos conversar mais. […] Aumentou o número de líderes pedindo”, disse Motta.

Antes das intensas cobranças, o republicano sequer aventava a chance de colocar em pauta o assunto, como já disse publicamente. “Um projeto auxiliar começou a ser discutido ainda no semestre passado, que não seria uma anistia ampla, geral e irrestrita. Eu não vejo dentro da Casa um ambiente para, por exemplo, anistiar quem planejou matar pessoas, não acho que tenha esse ambiente dentro da Casa”, disse Motta, em entrevista à GloboNews, no dia 14 de agosto.

Agora, o republicano recuou e já admitiu a possibilidade de colocar a matéria em votação após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), no próximo dia 12.

A articulação acontece após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para participar de reuniões com dirigentes do centrão para discutir o assunto, em Brasília.