Publicado em 19/12/2019 às 14h16.

MP aponta que miliciano ficava com parte de salários de ex-assessores de Flávio

Os salários da mãe e ex-mulher do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega somaram R$ 1.029.042,48

Redação
Foto: Tania Rego/ Agencia Brasil
Foto: Tania Rego/ Agencia Brasil

 

O Ministério Público do Rio de Janeiro defende a tese que o chefe da milícia de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega ficava com parte dos valores arrecadados através de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro (RJ-sem partido) à época em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A Promotoria teve acesso a diálogos entre Adriano e o ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como operador financeiro no esquema do gabinete de Flávio, após quebra de sigilos telefônicos. Segundo o MP, Adriano interveio junto a Queiroz na tentativa de manter sua ex-esposa Danielle Mendonça da Costa no cargo e admitiu que era beneficiado por parte dos recursos desviados por parentes dele também nomeados na Alerj.

O ex-assessor, amigo do presidente Jair Bolsonaro, recolhia parte dos salários de funcionários nomeados no gabinete. Segundo aponta a investigação do MP, duas delas são Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Costa, respectivamente mãe e ex-mulher do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega —foragido da Justiça após ser apontado como chefe da milícia que controla a comunidade do Rio das Pedras.

Os salários de Raimunda e Danielle somaram, ao todo, R$ 1.029.042,48, dos quais pelo menos R$ 203.002,57 foram repassados direta ou indiretamente para a conta bancária de Queiroz, segundo o MP. Além desses valores, R$ 202.184,64 foram sacados em espécie por elas. Segundo o MP, isso viabilizaria a “simples entrega em mãos” de dinheiro para o ex-assessor.

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