Publicado em 30/06/2021 às 06h32.

MPF será acionado para investigar denúncia de pedido de propina do governo Bolsonaro

Vendedor de vacinas disse à Folha de S.Paulo que diretor da Saúde solicitou valor de US$ 1 por dose de imunizante

Redação
Foto: Marcos Corrêa/PR
Foto: Marcos Corrêa/PR

 

O Ministério Público Federal (MPF) será acionado para investigar a suposta solicitação de propina por parte do governo de Jair Bolsonaro a uma empresa de vacinas para fechar contrato com o Ministério da Saúde.

Líder da minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ) vai se juntar ao líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), e a demais líderes de partidos contrários ao governo para protocolar a representação.

O suposto caso de propina foi revelado à Folha de S.Paulo pelo diretor representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira.

Segundo ele, o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, pediu US$ 1 por dose de vacina em troca de fechar contrato com a pasta.

Dominguetti informou que se encontrou com Dias na noite do dia 25 de fevereiro, na véspera de uma agenda oficial com Roberto Dias no Ministério da Saúde e um dia após o país ter atingido a marca de 250 mil mortos pela pandemia do coronavírus.

“Ele me disse: ‘Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma. Dariam 200 milhões de doses de propina que eles queriam, com R$ 1 bilhão”.

Após vazamento do caso, o Ministério da Saúde informou na terça-feira (29) que Dias será exonerado.

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