Publicado em 08/08/2025 às 09h28.

‘Não existe exercício de mandato a distância’, diz Motta sobre Eduardo Bolsonaro nos EUA

O presidente da Câmara é um dos alvos de Eduardo Bolsonaro em sua campanha nos Estados Unidos

Redação
Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na quinta-feira (7) que apesar de respeitar, não concorda como “alguns movimentos” feitos pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e indicou que pode decretar a perda do mandato do parlamentar, que reside nos Estados Unidos desde março. “Não há previsibilidade para exercício do mandato a distância”, afirmou Motta.

Segundo matéria do InfoMoney, a declaração de Motta faz referência ao fato de Eduardo – que deixou o Brasil há cerca de cinco meses sob licença parlamentar – não ter retornado às suas atividades parlamentares em Brasília mesmo após o prazo de licenciamento ter expirado. O deputado já afirmou que não pretende retornar ao Brasil, mas também não renunciará ao cargo.

“Temos um problema político-jurídico que envolve o deputado Eduardo Bolsonaro, que tomou a decisão de ir aos Estados Unidos e ficar lá defendendo teses que lhe são caras. E essas teses, nós temos que respeitar, ele está no exercício, apesar de não concordar com alguns movimentos que ele tem feito”, disse Motta, em entrevista ao site Metrópoles.

De acordo com o presidente da Câmara, Eduardo será tratado “com base no regimento”. “É importante dizer que iremos tratar todo deputado com base no regimento. Não há previsibilidade para o exercício do mandato a distância no nosso regimento”, reiterou.

Motta ainda reiterou que o deputado fez uma escolha ao ir para os Estados Unidos. “Sabia daquilo que não seria possível manter, quando optou por ficar a distância do seu mandato, do Estado que representa”, observou Motta.

O presidente da Câmara é um dos alvos de Eduardo Bolsonaro em sua campanha nos Estados Unidos. Em diversas oportunidades, o deputado pontuou que Motta pode virar alvo de sanções do governo americano caso “não cumpra o seu papel enquanto representante da sociedade”.

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