Publicado em 25/04/2025 às 12h00.

‘Não tem usura no PT’, diz Wagner após críticas de Angelo Coronel ao partido

“Nosso grupo instituiu a liberdade na política da Bahia", afirmou o petista

André Souza
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

O senador Jaques Wagner (PT) rebateu nesta sexta-feira (25) as declarações do também senador baiano Angelo Coronel (PSD), que comparou o PT ao nazismo e sugeriu que Wagner “quer tudo” dentro do grupo político que governa a Bahia desde 2007.

“Não tem usura no PT. Ao contrário. O grupo é sólido porque cresce todo mundo. Veja o PSD, o MDB, o PSB. Até reclamam que o PT faz os outros partidos crescerem e esquece os de dentro de casa”, afirmou Wagner em entrevista a rádio 95 FM.

“Eu não sou de ficar batendo boca, mas essa comparação é absolutamente infeliz”, afirmou Wagner. “O nazismo, eu que sou judeu, foi responsável pela morte de 6 milhões de judeus, milhões de soviéticos, testemunhas de Jeová. Foi um regime que matou, torturou, teve campo de concentração. Nada, absolutamente nada, pode ser comparado ao nazismo.”

A fala de Coronel gerou mal-estar dentro da base aliada ao governo estadual. Apesar da tensão, Wagner evitou o confronto direto e afirmou que mantém respeito pelo colega. “Com todo carinho pelo senador Angelo Coronel, eu sei que ele falou isso, mas também sei que ele não pensa isso.”

Para o petista, o sucesso eleitoral do grupo se deve à condução política mais aberta e democrática. “Nosso grupo instituiu a liberdade na política da Bahia. Hoje em dia ninguém quer andar de canga, nem vereador, nem deputado, nem empresário. Ao contrário do grupo adversário, que tem dono.”

Apesar das críticas, Wagner minimizou o episódio e disse que seguirá o diálogo com Coronel, que tenta viabilizar sua candidatura à reeleição em 2026. “Ele está disputando legitimamente. Vamos continuar conversando. Só repito: a comparação é infeliz. Mas aqui acabou a conversa. Não fico com ranço nem com amargura. Toco minha vida.”

Nessa sexta-feira (25), o governador Jerônimo também respondeu o pessedista e classificou a declaração como “infeliz”. “Eu não ouvi, mas, se o fez, é uma comparação muito infeliz. Ele comparar um partido que ajudou ele a se eleger ao nazismo. O nazismo tem que ser banido da história”, disse Jerônimo em entrevista à rádio Princesa FM 96,9, de Feira de Santana.

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