Publicado em 26/12/2022 às 11h52.

‘Nas primeiras horas do dia 1º de janeiro vamos tomar providências’, diz Dino após atentados

O futuro ministro da Justiça promete resposta imediata à escalada de violência política no país, depois da vitória de Lula (PT)

Jamile Amine
Foto: Cadu Gomes / Secom
Foto: Cadu Gomes / Secom

 

Futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) promete resposta imediata à escalada de violência política que culminou em atos de vandalismo e na tentativa de atentado a bomba por parte de um bolsonarista radical, em Brasília, no último sábado (24). Em meio aos últimos acontecimentos, o ex-governador do Maranhão afirmou também que “todos os procedimentos” da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão “reavaliados”, visando o “fortalecimento da segurança”.

“Vamos antecipar certos atos porque não pode haver vazio de poder. Isso não ocorrerá. Já nas primeiras horas do dia 1º de janeiro vamos tomar as providências para que não ocorra essa situação de instabilidade”, declarou o senador eleito em entrevista à jornalista Míriam Leitão, para a Globonews, ao ser questionado sobre a responsabilidade pela segurança do país, durante a transição de poder do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Lula, que toma posse no domingo (1º).

“Vamos tomar providências para nas primeiras horas do dia 1º já haja comando efetivo. No momento em que se esvai um mandato presidencial, a posse em si é formalização que a Constituição impõe. O mandato presidencial cessa à meia-noite de 31 de dezembro. Logo, o novo mandato começa à meia-noite e um do dia 1º de janeiro. Vamos agir de modo coerente com essa visão”, acrescentou Flávio Dino, que propõe como uma das prioridades do governo Lula uma política para controlar o comércio de armamentos no país.

“Em relação às armas, estamos diante de um fato novo que enseja reflexão, no momento em que um investigado afirma que usaria clubes de tiro como fachada para o transporte de um arsenal poderoso. Estamos falando de fuzis, rifles, pistolas, bombas. Temos agora uma nova modulação em relação a esses clubes. E vamos apresentar esta semana ao presidente Lula uma primeira versão de um decreto que garanta que haja fiscalização mais efetiva, exatamente porque precisamos separar o joio do trigo”, adiantou o futuro ministro da Justiça, ao falar sobre o arsenal encontrado com o empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, que tentou explodir uma bomba no aeroporto de Brasília.

Ao apontar que “muita gente com más intenções resolveu usar os clubes [de tiro] como fachada para todos os tipos de desvario”, Dino, defendeu um recadastramento rigoroso dos atiradores esportivos e a investigação dos clubes para separar a atividade legítima daqueles que utilizam brechas na legislação para cometer crimes.

 

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