Publicado em 29/04/2024 às 18h21.

Nervos se afloram na Câmara ao debaterem paralisação de rodoviários nesta segunda (29)

A confusão foi protagonizada por Cláudio Tinoco e Tiago Ferreira, ao discordarem sobre como os rodoviários estão tratando a questão

João Lucas Dantas
Foto: Fernando Vivas/Gov-BA

 

Após paralisação dos rodoviários na Estação da Lapa, nesta segunda-feira (29), os nervos se afloraram na Câmara Municipal de Salvador. O vereador governista Cláudio Tinoco (União) trocou farpas com o oposicionista Tiago Ferreira (PT) e os dois elevaram o tom durante sessão ordinária, ao tratar do assunto.

“Isso é uma covardia para poder cacifar lideranças no ano político eleitoral. Abram os olhos para esses movimentos que vão se intensificar a partir de agora, porque querem ganhar no tapetão”, exclamou o aliado de Bruno Reis.

Já o petista, que é ligado ao Sindicato dos Rodoviários, rebateu: “Nós não usamos nenhum tipo de tapetão não, meu amigo. Vossa excelência está muito equivocada e eu peço respeito”, declarou, pedindo Questão de Ordem para a retirada das palavras “tapetão”e “covardes” da ata.

Em entrevista ao bahia.ba, o diretor do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), Daniel Mota, afirmou que a pauta das negociações já estava sendo debatida desde março e que não há viés político-partidário envolvido na questão.

“O vereador Tinoco foi muito infeliz, não só com o colega dele de parlamento, mas foi infeliz com toda a categoria que conduz essa cidade de forma brilhante. Eles passaram por um período difícil na pandemia, com mais de 40 trabalhadores tombados e não pararam nada, em respeito a sua função e tarefa, indispensável na cidade”, afirmou Mota.

Foram realizadas seis rodadas de negociações, desde o dia 29 de março, sem chegar a um consenso, o que levou ao começo das manifestações no dia de hoje, e podem culminar na greve da categoria. Ao tomar conhecimento da repercussão disso na Câmara, o diretor do Sindirodoviários lamentou a postura dos aliados da prefeitura.

“Os aliados do prefeito deveriam baixar a bola, porque esta é uma classe que está em período de campanha salarial e as negociações se encerraram e não houve avanços. Como é de praxe, começaram a fazer manifestações. Eu não vejo nenhum viés político-partidário que Tinoco viu. Se ele acha isso, ele comete um erro muito grave, não com Tiago Ferreira, mas com todo o coletivo de trabalhadores rodoviários de Salvador”, conclui.

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