Neto se reúne com Bruno e bancadas; 2024, 2026 e posicionamento de líder devem dominar pauta
Nesta segunda-feira (7), ocorre a primeira reunião do ano entre o ex-prefeito, Bruno Reis e as bancadas de deputados federais e estaduais

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) e presidente da Fundação Índigo, após ser derrotado nas urnas em 2022 e, tirar quase um ano de período sabático, tudo indica que volta a tomar as rédeas, ao menos, do seu grupo partidário. Nesta segunda-feira (7), ocorre a primeira reunião do ano entre ele, o prefeito Bruno Reis, cacifado para representar a direita na disputa municipal e, as bancadas de deputados federais e estaduais. O debate está marcado para às 16h, na sede do partido. Com a presença do prefeito confirmada, informações chegadas ao bahia.ba, dão conta de que alguns vereadores já se articulam para comparecer ao evento também e aquecer ainda mais o diálogo.
A expectativa dos parlamentares, que não escondem, se volta para a disputa eleitoral, em especial da capital baiana, mas também de outras grandes cidades em 2024, bem como 2026, em que Neto tende a sair candidato ao governo do estado novamente. A subida do líder da sigla na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcinho Oliveira no palanque de Jerônimo Rodrigues (PT) também causou descontentamento e deve entrar na pauta.
“É a primeira reunião do ano com a bancada toda [federal e estadual] e, consequentemente, a conjuntura política de Salvador, da Bahia e, do país como um todo, será abordada”, assegurou o líder da oposição na Alba, deputado Alan Sanches, já antevendo um cenário de busca por crescimento do partido com vistas para 2024, em especial pela recomposição de Bruno ao posto. Para ele, Bruno é um grande favorito a ganhar as eleições do próximo ano.
“Mas, eleição só se ganha no último dia. Então, o trabalho de todo grupo político é voltado para a reeleição dele [Bruno], que tem consciência e não para de trabalhar, de fazer entregas, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Portanto, a oposição a Bruno Reis é que precisa escalar seu time e nós iremos enfrentar qualquer candidato, pois quem quer ganhar não escolhe adversário. E serão dois projetos, um já vitoriosa em Salvador com a transformação que Neto fez e Bruno deu continuidade, ampliando ainda mais e o projeto do PT, que já está exaurido, fadigado na Bahia”, mandou o recado.
Nesse contexto, Sanches ‘levanta a bola’ do ex-prefeito para 2026, afirmando que metade dos eleitores baianos se satisfazem do planejamento do presidente da Fundação Índigo enquanto candidato e, aproveita para dar mais uma alfinetada nos adversários.
“Não podemos ignorar que Neto teve mais de 4 mi [4.007.023] e Jerônimo menos de 4,5 mi [4.480.464] e que existe quase metade da população baiana que vota que se agrada das ideias, do planejamento de Neto. E, é claro, que em um momento desse, quando se inicia um programa novo de governo, mas que não deixa de ser continuidade dos 16 anos do PT, esses temas em qualquer reunião sempre serão abordados”, disse, arrematando que ‘são oito meses de governo e nenhuma novidade foi apresentada, mas é preciso trazer as soluções para os graves problemas que afligem os baianos, como a segurança’.
Para além, o deputado Robinho afirmou, que na última reunião apenas com os deputados estaduais, Neto já estaria planejando sua atuação política no estado.
“Depois de não conseguir se eleger é natural se recompor, mas na última reunião que tivemos ele pontuou falhas dele e do grupo na campanha e falou que o candidato a prefeito de Salvador seria Bruno Reis e, qualquer conversa em torno do nome dele disputar essa vaga seria especulação”, frisou Robinho.
Conforme o deputado, o presidente da Fundação Índigo afiançou aos aliados que voltaria a fazer as caminhadas pelo estado e que sua intenção era ser candidato a governador em 2026. “Então, acredito que podemos avançar ainda”, reforçou.
O integrante do União Brasil ainda colocou como possibilidade de debate nesta segunda, o posicionamento do líder do partido na Alba. Segundo ele, na posição de líder do partido para fazer qualquer tipo de aceno com o adversário histórico do grupo, Marcinho Oliveira primeira teria que conversar com seus pares. E isso, teria desagrado.
“É um direito dele enquanto deputado, mas na posição de líder não concordo. Para fazer qualquer tipo de aceno, aparecer numa festividade, tirando foto, com elogios ao nosso principal adversário, tinha que conversar com seus colegas primeiro. Reforço, que respeito a posição de cada deputado, mas o líder foi colocado na cadeira por um grupo de colegas”, enfatizou, não negando que o ato polêmico gerou um descontentamento. “Ocorreu um descontentamento, um certo desgaste com o deputado, líder do União Brasil, no grupo”, concluiu.
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