Publicado em 10/03/2025 às 17h23.

No discurso de posse, Padilha diz querer reduzir a fila do SUS e combater o negacionismo

O petista criticou a desinformação sobre vacinas e reforçou a importância das campanhas de imunização

Redação
Foto: Reprodução/X

 

O agora ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), assumiu a pasta em cerimônia de posse realizada nesta segunda-feira (10). Com Palácio do Planalto lotado, o presidente Lula empossou o seu novo ministro no lugar da ex-ministra Nísia Trindade.

Em seu discurso, Padilha disse que chega ao Ministério com “obsessão” de reduzir o tempo de espera nas filas de atendimento nos hospitais públicos. Padilha afirmou que vai trabalhar no combate ao negacionismo na área da saúde e deu ênfase na vacinação como prioridade da sua gestão.

O petista criticou a desinformação sobre vacinas e reforçou a importância das campanhas de imunização, citando o exemplo da vacina contra o HPV e seus efeitos positivos após dez anos de campanhas. “Na condição de ministro da Saúde, terei um inimigo contra o qual nunca recuarei: o negacionismo e as ideologias que os cercam. Negacionistas, vocês têm nas mãos o sangue dos que morreram na pandemia. Nós vamos impulsionar um amplo movimento nacional pela vacinação e defesa da vida”, declarou.

O chefe da Saúde destacou que sua gestão trabalhará em sintonia com organismos internacionais de saúde para fortalecer o programa de imunização no Brasil. Padilha criticou o que chamou de “negligência” do governo anterior no combate à covid-19. “Amanhã é 11 de março. Completam-se cinco anos desde que a OMS declarou a pandemia de covid-19. Não fosse pela dedicação e resiliência dos trabalhadores e pesquisadores da saúde, e de instituições de pesquisa e universidades brasileiras, a negligência deliberada do governo anterior teria nos custado ainda mais que as inesquecíveis 700 mil vidas de brasileiros”, afirmou.

A gestão de Nísia Trindade também foi elogiada por Padilha. “A minha amiga Nísia Trindade encontrou esse cenário ao assumir o Ministério da Saúde. Como colega de governo, pude ver de perto o trabalho incansável da Nísia e de sua equipe, para reconstruir políticas que o Brasil tomava como garantidas, mas que foram alvo do ódio deliberado no governo anterior, como nosso programa de imunização”, disse o ministro.

Por fim, as prioridades da sua gestão, segundo Padilha, é ampliar o número de atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS) e a vacinação contra a dengue. “Assumo aqui o compromisso de trazer esse desafio histórico para o centro das nossas ações, de toda a equipe e órgão do Ministério da Saúde. Vamos entender, enfrentá-lo e vencê-lo. Essa será mais do que uma prioridade, será nossa agenda diária de trabalho e como serviço da saúde de urgência são 24 horas o dia de segunda a segunda buscando reduzir o tempo para quem espera um atendimento especializado no nosso país”, explicou Alexandre.

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