Publicado em 21/10/2019 às 11h44.

O estrago do óleo na pesca é gigantesco, diz Raimundo

Como medir a dimensões desta tragédia?

Levi Vasconcelos

Presidente da Federação Bahiana da Pesca e deputado federal, Raimundo Costa (PL) diz que ainda não se avaliou a dimensão do estrago que o óleo no mar está causando, mas uma coisa é certa:

– O estrago é gigantesco. Em 1999 houve aquele vazamento de óleo em São Francisco do Conde, e, mesmo depois do problema sanado, as pessoas se recusavam a comprar o peixe, com receio.

Raimundo diz que esteve na Marinha e procurou saber se há o risco de contaminação dos estuários dos rios. É difícil, porque a correnteza empurra o óleo para fora, mas não se sabe. E também que a decisão da ministra Tereza Cristina (Agricultura), de antecipar o defeso, é pouca coisa.

– O defeso tem curto prazo. Em São Francisco do Conde o problema demorou mais de três meses.

Corona nas praias

Não são só hoteleiros, barraqueiros e pescadores que sentiram o baque do óleo que emporcalha o nosso mar. A Ambev também. Com a marca Corona, junto à Parley for the Oceans, vai botar o time em campo para ajudar a remover a sujeira nas praias nordestinas que o Ibama indicar.

Bruna Buás, diretora de marketing da Corona, diz que a parceria com a Parley era para catar plásticos, mas apareceu o óleo….

Aves meladas

Reginaldo Bispo dos Santos, o Regi (PRB), vereador em Maraú, diz que até agora o óleo que tanto emporcalha as praias nordestinas ainda não chegou à Baía de Camamu, mas já há sinais.

Na Península de Maraú, a primeira praia oceânica na banda sul da Baía de Camamu, têm aparecido aves meladas de óleo, mortas:

– O pessoal está creditando às correntes marítimas, que trazem os animais.

Oxalá seja só isso.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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