Publicado em 28/10/2024 às 17h04.

‘O PSD estará ao lado de quem se comprometer com desenvolvimento do país’, diz Otto

O senador Otto Alencar (PSD-BA) também reforçou seu apoio à atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes

Redação
Foto: Agência Senado

 

Líder temporário do governo no Senado durante o afastamento de Jaques Wagner (PT-BA), o senador Otto Alencar (PSD-BA) foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar o lugar de Wagner, que se recupera de uma cirurgia do tornozelo e deve se manter em repouso por pelo menos 30 dias.

Com experiência como ex-governador da Bahia, presidente da Assembleia Legislativa do estado e vice-governador, Alencar traz para o cargo uma postura conciliadora. Em entrevista à Revista Veja, o parlamentar destacou que a experiência política traz muitos ensinamentos. “A experiência política ensina que diálogo e respeito são essenciais, especialmente em momentos de polarização”, disse o senador que também é líder do PSD no Senado.

Alencar enumerou como prioritários os projetos que regulamentam a reforma tributária, o mercado de carbono e a inteligência artificial, além de temas fiscais e econômicos. “São pautas essenciais para o desenvolvimento e a estabilidade fiscal do Brasil, e é preciso avançar nelas com urgência”, ressaltou. Ainda na agenda, estão a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Orçamento da União de 2025, que enfrentam resistência de parte dos parlamentares.

Em sua entrevista à Revista Veja, Alencar deixou claro seu posicionamento contrário à concessão de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nos atos de vandalismo e desordem ocorridos no dia 8 de janeiro. Para ele, a anistia seria uma afronta ao Código Penal e um grave retrocesso na preservação da ordem democrática.

“Anistiar quem ameaçou a democracia, depredou patrimônio nacional e incitou a desordem é rasgar o Código Penal. Quem faz isso deve ser responsabilizado, e a democracia deve prevalecer sobre qualquer tentativa de impunidade”, declarou Alencar.

O senador também reforçou seu apoio à atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que tem sido alvo de pedidos de impeachment no Congresso, mas que, na visão de Alencar, “foi um guerreiro para sustentar a democracia e combater os atos de vandalismo”. Ele defende que o STF cumpre seu papel institucional e que as críticas feitas ao ministro representam “uma tentativa de desestabilizar as instituições democráticas”, disse o senador em entrevista à revista.

Otto também foi questionado sobre o crescimento do PSD nas eleições municipais de 2024.  Ele sinaliza um possível apoio a Lula em 2026. Apesar de divergências internas, o senador acredita que a liderança de Lula contribui para a pacificação do cenário político. “Lula é, por natureza, um negociador, e o país precisa desse perfil para evitar rupturas e promover o diálogo”, disse.

Ele, contudo, destaca que o PSD é composto por diretórios regionais autônomos e que isso pode resultar em apoios variados, como o que ocorreu em 2022, quando partes do partido apoiaram a candidatura de Bolsonaro. “A força do PSD deve ser construída em consenso, e acredito que o partido estará ao lado de quem se comprometer com uma agenda de desenvolvimento e estabilidade para o Brasil”, afirmou Alencar à Veja.

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