Publicado em 14/01/2020 às 16h51.

Operador de Sérgio Cabral diz que deu propina a Pezão

O ex-governador diz que nenhum empresário confirma as acusações

Redação
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Sérgio de Oliveira Castro, um dos operadores do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB), se tornou delator na Lava Jato. A homologação da colaboração premiada de “Serjão”, como é conhecido, foi feita em setembro, mas só foi comunicada à Justiça Federal do Rio na segunda-feira (13).

Segundo o portal G1, o anúncio da colaboração foi anunciado pelo juiz Marcelo Bretas nesta terça (14).

Bretas também suspendeu alguns interrogatórios marcados para esta terça – inclusive o do ex-governador Luiz Fernando Pezão, que chegou à 7ª Vara Federal Criminal no início da tarde.

Já o interrogatório de Serjão estava previsto para quarta (15) e foi antecipado em um dia, acontecendo nesta terça. Mesmo antes da oficialização da delação, o operador já havia citado Pezão. Agora, ele voltou a dizer que o ex-governador recebia “mesadas de propina”, de R$ 50 mil a R$ 150 mil.

“No primeiro governo do Sérgio Cabral, desde o segundo mês do governo, foi instituída uma vantagem para algumas pessoas do governo. Entre elas, o (futuro) governador Luiz Fernando Pezão”, afirmou.

Ele diz que os valores “sempre foram entregues nas mãos de Pezão”. Ao longo do tempo, segundo ele, a mesada de propina aumentou.

Pezão nega as mesadas. Em entrevista ao portal G1 pelo telefone na manhã desta terça, o ex-governador diz que nenhum empresário confirma as acusações – que ficariam restritas ao grupo ligado a Cabral.

“Na acareação, o [Carlos] Miranda – que tinha apontado R$ 40 milhões – fala em R$ 25 milhões. Não é verdade. Nenhum empresário confirma o que ele está dizendo”, afirmou.

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