Publicado em 11/02/2025 às 19h40.

Oposição leva esposa de condenado no 8/1 e pressiona Hugo Motta em prol de anistia

Recentemente, Hugo negou que houve uma tentativa de golpe relacionada ao 8 de janeiro

Redação
Foto: Reprodução/CNN

 

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está sendo pressionado pela oposição para anistiar os condenados pelos atos extremistas de 8 de janeiro. Recentemente, Hugo negou que houve uma tentativa de golpe relacionada ao 8 de janeiro.

Para amenizar a situação, o líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), levou à Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (11), a esposa de um dos sentenciados.

Vanessa Vieira e os seis filhos fizeram apelo durante coletiva de imprensa no Salão Verde da Casa. “Esta pauta é que, sim, trará a devida pacificação que tantos falam. A senhora Vanessa com os seus seis filhos, aqui presente, clama que este Congresso, esta Casa, paute a anistia”, declarou Zucco.

A mulher do condenado pediu “misericórdia” a Hugo Motta. Ela afirmou ser esposa de Ezequiel Ferreira Luís, condenado a 14 anos de prisão. Ele está foragido, segundo Zucco, e foi um dos integrantes do primeiro grupo de denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito de inquéritos do 8 de janeiro.

O caso já foi usado antes por Jair Bolsonaro (PL), nas redes sociais, para pressionar pelo projeto da anistia. De acordo com a CNN, os parlamentares acompanharam Vanessa Vieira e os filhos ao gabinete do presidente da Câmara. Zucco disse à CNN que Hugo Motta recebeu “muito bem” o grupo.

O presidente da Câmara afirmou, segundo o deputado da oposição, que se sensibiliza muito com a situação e vai conversar com os demais líderes da Casa. Zucco afirmou ainda que Hugo voltou a falar da necessidade de uma “proporcionalidade de penas” aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023. “Saímos bem otimistas para continuar trabalhando pelo projeto da anistia”, disse Zucco.

Hugo não se comprometeu a pautar o projeto da anistia, apesar de sua declaração da semana passada ter sido vista como um aceno à oposição. Ele foi eleito com votos tanto do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quanto do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A queda de braço na Câmara é com a base governista, que é contra a anistia. O projeto tramitou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no ano passado, mas antes de ser votado sofreu um revés do então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que encaminhou o texto para uma comissão especial, o que atrasou o seu avanço. A comissão ainda não foi instalada e Motta tem dito que dependerá de consenso no colégio de líderes.

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