Publicado em 03/10/2025 às 10h26.

Oposição vai propor ampliar isenção do IR para R$ 10 mil no Senado

O PL já havia tentado incluir a emenda no projeto do governo, quando este estava em análise na Câmara, mas foi barrado pelo relator Arthur Lira (PP-AL)

Redação
Foto: Divulgação / Senado Federal

 

O Partido Liberal (PL) vai apresentar no Senado Federal uma emenda que visa ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para todos os contribuintes que recebem até R$ 10 mil mensais. A medida visa alterar o projeto já aprovado pela Câmara dos Deputados, que fixou a isenção em R$ 5 mil a partir de 2026. As informações são do portal InfoMoney.

A proposta será apresentada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), que vê chances de aprovação no plenário. “Acho que vai aprovar. É evidente que haverá alguns destaques. A proposta do PL é ampliar a faixa de isenção para R$ 10 mil, e não para R$ 5 mil, que ainda é pouco. Chegando aqui [no Senado], votamos rápido”, disse.

O conceito, no entanto, não é inedito nas pautas da oposição. O PL já havia tentado incluir a mesma emenda no projeto do governo Federal, quando este estava em análise na Câmara, mas o relator, deputado Arthur Lira (PP-AL), rejeitou a proposta por não apresentar fontes de compensação fiscal. O argumento do governo é que a ampliação para R$ 10 mil traria impacto insustentável às contas públicas.

O texto aprovado pelos deputados foi negociado diretamente com o Planalto e prevê isenção para quem ganha até R$ 5 mil e descontos escalonados para rendas de até R$ 7.350.

Expectativa no Senado

A tendência é de que o projeto do governo seja aprovado com facilidade no Senado, inclusive com votos da oposição, repetindo o placar unânime visto na Câmara. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é cotado para assumir a relatoria do texto no Senado, o que pode acirrar a disputa política com Arthur Lira, seu adversário histórico em Alagoas.

O governo estima que 16 milhões de pessoas sejam beneficiadas pela isenção. A medida é tratada como uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e será usada como trunfo político em 2026.

Se aprovada pelo Senado até o fim do ano e sancionada por Lula, a nova tabela passará a valer já na declaração de 2026, ano da eleição presidencial.

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