Publicado em 26/06/2024 às 15h43.

‘Os prefeitos também precisam fazer a parte deles’, diz Jerônimo sobre situação da saúde

Governador destaca que os municípios também tem responsabilidades nas demandas de saúde

Fredie Ribeiro / Gabriela Araújo / Reinaldo Oliveira
Foto: Gabriela Araújo/bahia.ba

 

Em entrevista à imprensa durante o lançamento dos programas Bolsa Esporte e FazAtleta, nesta quarta-feira (26), o governador Jerônimo Rodrigues (PT), cobrou dos prefeitos baianos que os mesmos também façam a parte deles para o bom funcionamento da saúde pública no estado.

Ao ser questionado sobre a situação do Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, sem citar nome, o chefe do Executivo baiano foi bastante taxativo sobre a responsabilidade do prefeito da Princesa do Sertão, Colbert Martins Filho (MDB), e falou sobre as orientações que deu à Secretária Estadual de Saúde, Roberta Santana.

“A secretária Roberta [Santana] visitou ontem a tarde o [Hospital] Clériston Andrade e falou da situação, inclusive eu pedi, encomendei a secretária Roberta que zele com o Ministério Público, já que saiu da esfera executiva. Nós temos o maior hospital público de alta complexidade do norte-nordeste que é o Clériston Andrade, a quantidade de leitos de UTI, de serviços, mas se o Executivo municipal não fizer o seu papel, a gente vai ver o que ela viu ontem lá no Clériston: os corredores da entrada cheios de pessoas”, afirmou o chefe do Palácio de Ondina.

Além de Feira de Santana, o governador ainda falou de superlotação e “ausência” do Executivo municipal para solucionar problemas básicos da saúde que, se agravam em função da falha no sistema ainda na esfera das prefeituras.

“O Hospital de Alagoinhas, Hospital de Feira e alguns hospitais de Salvador, a média é de 60 a 80% de casos que deveriam ser tratados numa UPA, numa UBS, num posto, ora se uma pessoa não trata uma dor de barriga, que ela no início é simples, ela se complica e depois vira um caso de UTI, se uma pessoa desmente um dedo e a UPA não cuida, vai virar caso de UTI. Então pedi a secretária Roberta e reforço para que o Ministério Público possa cobrar também as instâncias. Temos o SUS também, tem uma lei que diz qual a responsabilidade dos municípios, do Estado e da União, eu tenho tido muitas boas parcerias, com muitos prefeitos, prefeitas, temos entregues, inaugurados, pago a conta, de construção de Upas e Ubs e a gente não vê a reciprocidade em alguns municípios”, acrescenta.

Ainda segundo Jerônimo, ele conversou com a titular da Sesab para que ela verifique junto ao Ministério Público da Bahia, a situação da saúde em outras cidades e, questionou o anúncio da construção de um hospital municipal em Feira de Santana às vésperas da eleição.

“Quanto a situação dos hospitais e maternidades em Salvador, em Feira, em Conquista, em Teixeira de Freitas, em Camaçari, é responsabilidade do município. Mas espero que o Ministério Público possa, inclusive atuar nessa frente, eu pedi a secretária Roberta e ela sabe, e responderei, porque assim, a gente chega num hospital, no Clériston, por exemplo em Feira, encontra os corredores cheios. Não dá para tirar, pode botar maca, não pode deixar ninguém sair sem atendimento, mas enquanto isso é preciso tomar uma decisão la atrás, se os municípios não fizerem, se Feira de Santana não fizer o seu papel, foi anunciado agora pelo prefeito a construção do hospital municipal, agora? a dois,… três meses da eleição? Mas eu não vou torcer contra, eu espero que o prefeito de Feira de Santana construa o hospital e faça funcionar. Estou aguardando a hora que alguém venha me falar de regulação, to aguardando, porque a responsabilidade do Estado, estamos fazendo, mas é preciso compartilhar a responsabilidade de alguns municípios inclusive Salvador e Feira de Santana”, conclui Rodrigues.

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