Publicado em 04/11/2025 às 20h00.

Otto defende CPI do Crime Organizado e alfineta Bolsonaro

Senador conduziu a reunião que marcou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito

Luana Neiva
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O senador Otto Alencar (PSD) conduziu, nesta terça-feira (4), a reunião que marcou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, no Senado Federal. O colegiado vai investigar como facções e milícias se estruturam e se expandem pelo país, além de apurar possíveis casos de infiltração em órgãos públicos e lavagem de dinheiro.

Durante a sessão, Otto afirmou que não permitirá o uso político da CPI. “Eu, aqui, presidindo, não haverá palanque para absolutamente nenhum senador ou senadora. Vamos ter que investigar plenamente quem cometeu os seus equívocos e os seus erros. Esse é o meu procedimento. Há 11 anos nesta Casa, nunca dei direito a nenhum senador de me passar lição, até porque, ao longo da minha vida, sempre preservei a honra, a dignidade e o caráter que todo senador deve ter”, declarou.

O parlamentar também lembrou sua trajetória e atuação em CPIs anteriores, destacando o equilíbrio com que exerceu seus mandatos.

“Porque eu sempre procedi aqui dentro, honrando o meu mandato, trabalhando. Inclusive, fui oposição responsável ao governo que Vossa Excelência defendeu, o governo Jair Bolsonaro. E, na CPI da Covid, o ex-presidente interferiu várias vezes para que não se montasse a comissão”, afirmou.

Ao encerrar a reunião, Otto pediu respeito entre os membros da CPI e reforçou que o objetivo dos trabalhos é “investigar, não disputar palanque”.

Luana Neiva
Jornalista formada pela Estácio Bahia com experiências profissionais em redações, assessoria de imprensa e produção de rádio. Possui passagens no BNews, iBahia, Secom e Texto&Cia.

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