Publicado em 21/05/2025 às 10h28.

PDT condiciona apoio à CPMI do INSS caso sejam incluídas fraudes sob gestão Bolsonaro

"A PF, em 2019, começou a fazer uma investigação que levou três anos sem resultado nenhum”, disse Lupi

Redação
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

 

O PDT decidiu que apoiará a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar fraudes em descontos indevidos sobre benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, desde que o colegiado investigue também irregularidades ocorridas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a Polícia Federal, os desvios começaram em 2019.

O partido, que estava à frente do Ministério da Previdência até a semana passada, tenta se distanciar do escândalo que provocou a saída de Carlos Lupi da pasta. Lupi, presidente licenciado da legenda, nega omissão e afirma que a decisão de deixar o ministério foi pessoal. Ele voltou ao comando do partido após ser substituído por Wolney Queiroz (PDT-PE), seu então número dois.

Em nota e declarações públicas, dirigentes do PDT responsabilizam a gestão anterior da PF pela demora nas investigações. “A PF, em 2019, começou a fazer uma investigação que levou três anos sem resultado nenhum”, disse Lupi, após reunião da executiva da legenda nesta terça-feira (20). “Por que a Polícia Federal até 2022 não apurou nem prendeu aqueles que estavam fazendo a grande fraude da Previdência?”, questionou.

A insatisfação com a condução da crise pelo Palácio do Planalto levou a bancada do PDT na Câmara a anunciar o rompimento com a base aliada do governo Lula (PT), adotando postura de independência.

A criação da CPMI no Congresso é considerada certa e depende agora de articulações sobre sua composição e liderança. O PDT afirma que, caso a comissão seja instalada com foco apenas no atual governo, a legenda não assinará o requerimento de abertura.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.