‘Perseguição’, diz Jerônimo sobre suspensão do visto de Moraes nos EUA

O gestor estadual afirmou estar "preocupado" com as tarifas de Trump, e disse torcer para que o presidente Lula "continue firme na posição de soberania nossa"

Fredie Ribeiro / Gabriela Araújo

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta segunda-feira (21) que a decisão dos Estados Unidos de suspender o visto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) se trata de uma “clara perseguição”. “Qual o motivo de proibir um brasileiro, apenas um, de entrar em um país? Não tem motivo”, afirmou o gestor estadual.

Jerônimo criticou também o conflito entre debates políticos e pautas do setor econômico. Segundo ele, o choque entre os dois setores apenas os “atrapalha”. “Todas as vezes que nós vimos a política ou mercado se metendo um com o outro não deu certo. Vocês lembram do Mensalão, que era para punir aqueles que tinham errado com recursos públicos, não pode se punir o setor produtivo, fechar emprego, fechar investimentos”.

O gestor estadual ainda afirmou estar “preocupado” com os possíveis impactos da taxação de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos produtos brasileiros. “É uma situação delicada, muito delicada, eu ainda torço que o [presidente] Lula continue firme na posição de soberania nossa, mas que a gente consiga encontrar uma saída, só que ele [Donald Trump] não quer sair”, disse Jerônimo.

O petista ainda comentou sobre o possível papel da Bahia nas negociações. “Vou ainda hoje me encontrar com Rui, vou ouvir para saber o que a gente pode, aqui da Bahia, fazer. Já nos manifestamos, com documentos, com pedidos”, detalhou.

As declarações foram feitas pelo governo em entrevista coletiva durante o evento de autorização de novos atos do VLT do Subúrbio, em Salvador.