Publicado em 21/01/2020 às 13h58.

‘Persona non grata’, Coronel terá que driblar barreira para compor com PT, PCdoB e PSB

"Nesse momento não sei que tipo de conversa teríamos", alfinetou Silvio Humberto, presidente do PSB em Salvador

Breno Cunha
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

Considerado por articuladores da cúpula da gestão de Rui Costa o nome mais forte, entre os colocados até o momento da base do governo estadual, para disputar a Prefeitura de Salvador, Angelo Coronel (PSD) encontrará grande resistência para dialogar com os outros partidos do grupo de Rui.

Mesmo sendo “Persona non grata” na esquerda baiana, Coronel dificilmente desistirá da empreitada rumo ao Palácio Thomé de Souza, assim como fez na disputa pelo comando da Assembleia Legislativa, em 2016, e do Senado, no ano passado.

O presidente do PSB em Salvador, Silvio Humberto, não descartou conversar com Coronel sobre as eleições municipais da capital baiana, mas, ao bahia.ba, ponderou: “A conversa seria sobre o que? Estamos dentro de um campo hoje, junto com PT e PCdoB. Temos uma visão sobre a cidade, eu não conheço a visão da cidade do PSD”.

“Nesse momento não sei que tipo de conversa teríamos”, alfinetou o vereador, que também é pré-candidato a prefeito.

Já Davidson Magalhães, presidente estadual do PCdoB, também disse enxergar dificuldades de aproximação com Coronel e relembrou o apoio do partido comunista à candidatura do então deputado estadual ao Senado, em 2018.

“Agora, ele deveria nos apoiar. Temos mais força política em Salvador, do ponto de vista eleitoral. E Olívia tem mais a cara de Salvador”, falou Davidson à reportagem.

O bahia.ba não conseguiu contato com o presidente do PT em Salvador, Ademário Costa, mas a resistência dentro do partido deve ser ainda maior ao nome do senador. Suíca, vereador do PT em Salvador, chegou a declarar em 2019 que se arrependeu de ter votado em Coronel.

Não é à toa. Além de apresentar um projeto de revogação da cota de 30% de candidaturas de mulheres nas eleições, ele votou a favor da Reforma da Previdência do presidente Jair Bolsonaro e se colocou favorável ao decreto de armas.

Na maioria das vezes, Coronel votou diferente dos outros dois senadores baianos, Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT).

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