Publicado em 23/08/2023 às 12h13.

Petistas divergem e, além de Robinson, nomes de Trindade e Geraldo Jr., são tidos como realidade

O vereador Arnando Lessa, não deixou de afirmar, conforme o bahia.ba antecipou ,que um dos nomes pode surpreender no tabuleiro político do 13

Fernanda Chagas
Foto: Reprodução/Câmara de Salvador

 

 

Enquanto o vereador Tiago Ferreira, líder do PT na Câmara de Salvador, não esconde o desejo de que o nome do deputado estadual Robinson Almeida seja o escolhido para representar o PT na disputa pela prefeitura de Salvador já nesta sexta-feira (25), durante o encontro territorial da sigla, que contará com a presença da presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann (PA), o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores na capital baiana , vereador Arnando Lessa aponta um outro caminho a seguir, com mais cautela, porém com mais ‘apetite eleitoral’.

Segundo ele, a decisão real tomada pela executiva municipal e pelo diretório estadual é de que o partido terá candidatura própria, mas seguirão aguardando o prazo – setembro ou outubro – dado pelo governador Jerônimo Rodrigues para a definição desse processo. A vinda de Gleisi, conforme o vice-presidente, será para fortalecer as orientações, deliberações encaminhadas. Para além, ele não somente cita o nome do companheiro Rodrigo Pereira como pré-candidato colocado na mesa, como admite que correm por fora ainda dois nomes que não são do partido, com possibilidade de um deles adentrar as hostes petistas, conforme o bahia.ba já antecipou, que é o presidente da Conder, José Trindade (PSB) e o emedebista Geraldo Júnior.

“Dia 25 teremos uma plenária em Salvador, específica, com a presença de Gleisi, dos presidentes estadual [Éden Valadares] e municipal [Cema Mosil], momento em que as diretrizes para a eleição de Salvador em 2024 serão dados pela direção nacional, a única instância que não foi ouvida ainda, levando em conta que já dialogamos com a municipal, estadual, e vamos aguardar que Gleisi dê entrada nas orientações encaminhadas. A decisão real hoje é que teremos candidatura própria já aprovada pelas executiva municipal e pelo diretório estadual, já criamos as instâncias das comissões políticas, de programas e organizações de projetos”, explicou, deixando claro não acreditar que uma decisão possa sair do encontro territorial, marcado para às 18h, no Grande Hotel da Barra.

Em conversa com o bahia.ba, Lessa reforçou que a reunião da executiva municipal que ocorreu nesta terça-feira (22) foi somente para convocar o diretório e que, houve apenas um ‘indicativo’ de um nome, tendo em vista que o PT já decidiu ter candidatura própria, de forma a afunilar entre os nomes de Robinson e Rodrigo. “Eles iniciarão as defesas em prol dos seus nomes, mas a indicação de pré-candidatos dentro do PT tem uma série de regras que serão ainda estabelecidas pela direção estadual e nacional para que a municipal possa sacramentar. Portanto, não acredito que nada possa ser oficializado, até porque o encontro tem outra pauta e objetivos. Esse debate se dará na reunião do diretório. E temos um consenso de que a definição do nome da base para 2024 será definido com o aval do governador, senador [Jaques Wagner] e ministro [Casa Civil, Rui Costa] . O que o PT está fazendo é um indicativo de que quer candidatura própria”, frisou.

Ele, no entanto, não deixou de afirmar que outros nomes podem surpreender no tabuleiro político do 13.

Hoje os candidatos colocados dentro do PT são Robinson Almeida e Rodrigo Pereira, dentro do PT, e temos correndo por fora dois candidatos que não do partido, mas são da base do governo e que tem legitimidade para serem avaliados e considerados, que são Geraldo Júnior do MDB e José Trindade do PSB, que uma parcela grande do diretório municipal deseja que sua candidatura saia pelo PT, embora essa não seja uma decisão tomada por nós, mas sim pelo conjunto de forças, que engloba a federação e base aliada. Esse processo vai caminhar e nós seguimos todos aguardando a coordenação do governador Jerônimo”, não deixou de afirmar.

Por fim, ele, no entanto, elencou não achar que nada acontecerá antes de outubro, prazo do governador.

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