Publicado em 08/07/2024 às 17h35.

PF corrige relatório e aponta que desvio de Bolsonaro foi de R$ 6,8 mi, não R$ 25 mi

Nesta segunda-feira (8), a PF informou que houve um erro material nesse trecho do documento

Redação
Foto: Reprodução/Instagram @jairmessiasbolsonaro

 

A Polícia Federal retificou nesta segunda-feira (8) a conclusão do relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que embasa o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 11 pessoas na investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo governo brasileiro.

O relatório, assinado pelo delegado Fábio Alvarez Shor, inicialmente afirmava que houve desvio ou tentativa de desvio de joias e presentes no valor de R$ 25 milhões (US$ 4.550.015,06). No entanto, na tarde desta segunda-feira (8), a PF informou que houve um erro material nesse trecho do documento e que o valor total correto é de R$ 6,8 milhões (US$ 1.227.725,12). O valor correto é mencionado em outros trechos do relatório.

Bolsonaro foi indiciado sob suspeita de associação criminosa (pena de reclusão de 1 a 3 anos), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e peculato/apropriação de bem público (2 a 12 anos).

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou nesta segunda-feira o sigilo do caso. Na decisão, Moraes determinou que o acesso integral ao caso seja garantido aos advogados regularmente constituídos e deu um prazo de 15 dias para a PGR (Procuradoria-Geral da República) analisar o caso, conforme previsto pelo Código de Processo Penal.

A PGR agora avalia se denunciará o ex-presidente. Se isso ocorrer, caberá à Justiça decidir se ele se tornará réu. Além de Bolsonaro, outras dez pessoas foram indiciadas pela PF sob suspeita de associação criminosa.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, foi apontado como suspeito dos três crimes. Fabio Wajngarten e Frederick Wassef, advogados de Bolsonaro, foram citados por lavagem de dinheiro e associação criminosa, assim como o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, que teria ajudado na venda das joias, e o ex-assessor de Bolsonaro Osmar Crivelatti.

Os demais indiciados pela PF foram Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, Marcelo da Silva Silveira e Marcos André dos Santos Soeira (por apropriação e associação criminosa), Julio Cesar Vieira Gomes (pelos três crimes e por advocacia administrativa perante a administração fazendária) e o militar José Roberto Bueno Junior (pelos três crimes).

Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, foi o único indiciado por apenas um crime (lavagem de dinheiro).

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