Publicado em 16/04/2025 às 12h43.

PF diz que empresa do Rei do Lixo movimentou R$ 861 milhões em transações suspeitas

Marcos Moura é um dos alvos da Operação Overclean, que mira desvios em contratos milionários em contratos públicos; defesa não se manifestou

Redação
Foto: Reprodução/Redes sociais

 

Uma empresa ligada ao empresário José Marcos de Moura, o Rei do Lixo, movimentou ao menos R$ 861 milhões em transações classificadas como suspeitas entre 2014 e 2025. A informação é do colunista Fábio Serapião, do portal Metrópoles.

De acordo com a publicação, os números são relacionados a transações de créditos e débitos nas contas das empresas da MM Consultoria e Construções.

Procuradas, a defesa e a assessoria do empresário não se manifestaram.

As supostas irregularidades constam na representação da PF que resultou na 3ª fase da Operação Overclean, cujo alvo é um grupo suspeito de desvios em contratos milionários bancados em parte com dinheiro de emendas parlamentares. Os dados estão no capítulo da representação sobre o “expressivo volume de transações financeiras do investigado José Marcos Moura”.

“José Marcos Moura movimentou R$ 80.243.234,45 em operações classificadas como suspeitas, sendo beneficiário direto de recursos desviados. Grande parte desses valores teve origem na MM Consultoria Construções e Serviços LTDA, que sozinha acumulou R$ 861.412.612,79 em transações atípicas”, diz a PF.

De acordo com a investigação, as informações sobre as transações suspeitas foram enviadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf).
Relatórios de inteligência financeira do órgão mostram uma movimentação no período de R$ 12,6 bilhões, entre créditos e débitos, em contas de empresas ligadas ao Rei do Lixo.

“O esquema investigado envolve a movimentação de mais de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 999.987.991,01 foram classificados como suspeitos, com indícios de possível lavagem de dinheiro”, diz a PF.

Para os investigadores, o volume transacionado nos últimos 10 anos pelos investigados aponta para “a gravidade do crime, aliada ao potencial impacto sobre os cofres públicos” e “reforça a necessidade de medidas cautelares rigorosas”.

 

 

 

 

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