Publicado em 21/07/2020 às 12h46.

PF diz que Serra e fundador da Qualicorp estão no ‘topo de cadeia criminosa’

Ambos são investigados por suspeita de repasses ocultos de R$ 5 milhões para a campanha do tucano ao Senado, em 2014

Redação
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

A Polícia Federal afirmou nesta terça-feira (21) que o senador José Serra (PSDB) e o fundador da Qualicorp, o empresário José Seripieri Filho, estão “no topo da cadeia criminosa” que envolveu repasses ocultos de R$ 5 milhões para a campanha do tucano ao Senado, em 2014.

Mais cedo, Serra e Filho foram alvos de uma operação autorizada pela Justiça Eleitoral, que determinou o cumprimento de quatro mandados de prisão temporária e outros 15 de busca e apreensão relacionados ao caso.

Segundo informações do portal UOL, dois imóveis ligados a Serra em São Paulo e seu gabinete e apartamento funcional em Brasília eram alvos de buscas, mas o Senado impediu as buscas da PF. O STF (Supremo Tribunal Federal), no começo da tarde, também barrou a ação dos investigadores no gabinete.

“No topo da cadeia criminosa tem o acionista controlador [da Qualilcorp] e, no topo do político, temos o então candidato [José Serra]”, afirmou em coletiva de imprensa Milton Fornazari Júnior, o investigador responsável pela operação, ligada à Lava Jato.

De acordo com ele, “o acionista controlador [Seripieri] fornecia os números de contato dos intermediários do candidato, e o grupo encarregado de pagar entrava em contato [com o grupo de Serra], fazia reunião para convergir sobre como os repasses seriam feitos”.

Em nota, Serra afirma que “a decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa, na qual, ressalte-se, José Serra jamais foi ouvido”.

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