Publicado em 16/08/2024 às 18h24.

PF indicia ex-ministro e ex-chefe da PRF por bloqueios no 2º turno das eleições de 2022

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, ambos do governo Bolsonaro, e outros quatro policiais federais foram indiciados

Redação
Foto: TV Câmara/Reprodução

 

A Polícia Federal (PF) indiciou Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ambos do governo de Jair Bolsonaro (PL), por dificultarem o deslocamento de eleitores do presidente Lula (PT) da região Nordeste para os locais de votação durante a eleição de 2022.

Além deles, outros quatro policiais federais que foram cedidos ao Ministério da Justiça também foram indiciados com base no artigo 359-P do Código Penal: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.

A investigação da PF aponta que há indícios de que os indiciados agiram para impedir o deslocamento dos eleitores.

Naquele dia, estradas foram bloqueadas pela PRF sem que o comando tomasse medidas para evitar a situação. O desbloqueio só foi realizado após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ameaçar prender os responsáveis.

A PF também solicitou ao STF mais tempo para realizar interrogatórios e, assim, finalizar o relatório da investigação. Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, prestou depoimento à CPI dos Atos Golpistas em agosto de 2023.

Anderson Torres estava preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, sendo liberado em maio deste ano. A soltura ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes autorizar sua liberdade.

Moraes revogou a prisão preventiva de Silvinei na quinta-feira (8), argumentando que os motivos que justificaram a prisão, um ano antes, não se aplicam mais ao caso. Silvinei estava preso desde 9 de agosto de 2023 por tentativa de interferência no 2º turno das eleições de 2022 para favorecer o então presidente Bolsonaro.

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