Publicado em 19/04/2024 às 07h41.

Piti Canella afirma que saída da Funceb teve cunho político; MAM foi ofertado e recusado

Piti já havia afirmado que não pediu para sair, mas foi exenorada

Fernanda Chagas
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Ainda rende a dança das cadeiras na Secretaria Estadual de Cultura (Secult). Exonerada na esteira da saída da historiadora Luciana Mandelli do comando do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), a diretora geral da Fundação Cultural do Estado (Funceb), Piti Canella que, já havia afirmado que não pediu para sair, mas foi exenorada, afirmou nesta quinta-feira (18) que sua demissão teve cunho político.

Antes da publicação da sua exoneração no Diário Oficial do Estado, conforme Piti em entrevista em entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Metropole, o secretário de Cultura, Bruno Monteiro, ao justificar que o seu desempenho na fundação “não estava funcionando politicamente”, chegou a oferecê-la a direção do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), o que foi negado por ela.

“Avisei a ele que gostaria de ficar na Funceb, não acho que eu seria capaz de estar em outro lugar dentro da secretaria de Cultura. Eu gosto de ficar nos lugares onde seria capaz de executar as ações. Acredito que estava desempenhando super bem e aí você pode perguntar para a classe inteira […] então acho que alguma coisa de bom estava fazendo naquela cadeira. Não aceitei o que ele me disse, ele falou pra pensar um pouco. Ele disse que fizesse a transição com Sara Prado, a nova diretora da fundação. O que eu acho é que não estava funcionando politicamente, mas estava funcionando de outra forma. Talvez um pouco mais de orientação, talvez sentar e abrir os planos, falar olha eu quero fazer isso aqui”, desabafou, sem negar se sentir frustrada.

“Sei que faz parte do jogo, cargo a gente não tem estabilidade, a gente é colocado para uma missão. E a minha frustração é exatamente de não ter cumprido a minha missão inteira, a minha missão que eu me comprometi com a minha classe”, lamentou, agradecendo o apoio que tem recebido da classe cultural e reiterando ainda ser amiga e sócia da diretora do MAM, Marília Gil.

“Sem falar, que não é positivo para o governo que uma pessoa do entretenimento ocupe a cadeira do MAM”, concluiu.

Novas alterações estão previstas na pasta, conforme antecipadado pelo bahia.ba, a exemplo do comando do Teatro Castro Alves.

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