Publicado em 03/04/2025 às 14h31.

Planalto diz que presença de Janja em agenda presidencial no Japão não teve custos públicos

Ainda segundo o Palácio, a primeira-dama não recebeu diárias pela viagem, já que não ocupa nenhum cargo público

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

O Palácio do Planalto afirmou nesta quinta-feira (3) que a viagem da primeira-dama Janja Lula da Silva ao Japão, uma semana antes da agenda do presidente da República no país asiatico, em março, não contou com gastos públicos.

Segundo matéria do InfoMoney, a passagem da primeira-dama no Japão gerou críticas de opositores, que questionaram o propósito de sua presença em agendas internacionais, já que ela não exerce nenhum cargo oficial no governo.

A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), por sua vez, informou que Janja embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), integrando a chamada “equipe precursora” — grupo técnico responsável por preparar a recepção presidencial no exterior.

A pasta ressalta também que a hospedagem da primeira-dama ocorreu na residência oficial da embaixada do Brasil em Tóquio. Ou seja, não foram geradas despesas com hotel. Além disso, ela não teria recebido diárias pela viagem, já que não ocupa nenhum cargo público.

O pronunciamento da Secom vem após a publicação da edição de terça-feira (1º) do Diário Oficial da União (DOU), que trouxe o nome de Janja como a primeira da lista de 23 integrantes da comitiva presidencial. Ao lado, a rubrica “sem ônus” indicava que sua participação não representou custos ao erário — mesma classificação atribuída ao embaixador do Brasil no Japão, Octávio Henrique Côrtes.

As explicações, porém, não evitaram que Janja fosse alvo da oposição, que questiona os gastos com sua equipe de assessores. Um levantamento feito pelo Poder360 aponta que os custos anuais do staff da primeira-dama giraram em torno de R$ 1,9 milhão em 2023 e 2024. O desconforto aumentou com o fato de Janja ter desembarcado no Japão no dia 18 de março, uma semana antes da chegada do presidente, e sem anúncio oficial.

Durante entrevista antes de deixar Tóquio rumo a Hanói, Lula saiu em defesa da esposa. “Janja não é clandestina. Vai continuar fazendo o que ela gosta”, declarou o presidente, ao minimizar as críticas e reforçar o papel ativo da primeira-dama em agendas sociais e culturais do governo.

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