Publicado em 28/01/2023 às 12h00.

PP, PL e Republicanos declaram apoio a Marinho pelo Senado e ‘ameaça’ Pacheco

Além deles, está na disputa Eduardo Girão (Podemos-CE)

Redação
Foto: Pedro Gontijo/Agência Senado

 

O Congresso Nacional retoma os trabalhos na próxima semana e, no dia 1º de fevereiro, serão eleitos os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Para dificultar a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – atual presidente -, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PP, o Republicanos e o PL, cumpriram com a promessa e fizeram um anúncio conjunto neste sábado (28) no qual declararam apoio a Rogério Marinho (PL-RN) para presidente do Senado, que possui as bênçãos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda que da Flórida. Além deles, está na disputa Eduardo Girão (Podemos-CE). O cenário em torno da eleição de Pacheco fica ameaçado.

“Precisamos fazer o contraponto, moderar a avidez daqueles que estão chegando ao governo e querem destruir o que foi feito em nome do Brasil. Temos a responsabilidade de fazer com que essa situação não se abata sobre nós. Nós defendemos valores, eles que nos inspiram. Não serei candidato contra ninguém, não serei presidente contra qualquer instituição”, disse Rogério Marinho.

O presidente do PP, Ciro Nogueira, afirmou ao G1, que o bloco não visa ser contra ninguém, mas a favor do Brasil. Ele declarou não ter dúvida da vitória de Rogério Marinho na disputa pela Presidência do Senado.

“A candidatura do Marinho, que não tinha muita chance de vitória, com a chegada do bloco e dá sustentação para que a sua chegada, com estatura para tentar dar harmonia entre poderes”, declarou. Marcos Pereira, presidente do Republicanos, disse que a união dos partidos não é um terceiro turno, pois a eleição já acabou. “É uma coalizão pelo Brasil”, acrescentou.

O presidente do PL, Waldemar Costa Neto, se mostrou confiante na vitória de Marinho na corrida pelo comando do Senado. “Quando o Ciro falou que faria o bloco, mas queria ver a conta. Quando o Ciro resolveu fazer o bloco, soube que ganhamos a eleição”, afirmou.

Nas últimas semanas, os partidos começaram a anunciar quem irão apoiar na disputa. O PT e o PDT, por exemplo, conforme o G1, declararam apoio a Rodrigo Pacheco. Nem mesmo o seu partido, o PSD, declarou oficialmente apoio a sua candidatura. O PSD reuniu nesta sexta (27), mas não houve consenso entre os parlamentares. Informações dão conta de que existe incômodo em parte da bancada com Pacheco diante da avaliação de que o presidente do Senado está “muito próximo” do ex-presidente da Casa Davi Alcolumbre (DEM-AP) e “negociando por conta própria” alguns cargos na Mesa Diretora.

O g1 apurou que o PSD quer, por exemplo, indicar um parlamentar para a Primeira Secretaria do Senado. Mas há, nos bastidores, a informação de que o PT também pleiteia a Primeira Secretaria em troca do apoio a Pacheco, anunciado na última quinta (26).

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